Ministra visita Unidades Locais de Saúde para preparar SNS para o inverno

“Esta iniciativa tem como principal objetivo conhecer detalhadamente a resposta das unidades de saúde aos desafios acrescidos que se verificam nesta época do ano, nomeadamente no que respeita à resposta às doenças sazonais, à gestão das urgências e à coordenação entre os diferentes níveis de cuidados”, referiu o Ministério da Saúde.

O Ministério esclareceu que estão programadas visitas aos serviços de urgência e também reuniões com os conselhos de administração e com profissionais de saúde.

“Durante estas visitas, serão discutidas medidas concretas de reforço dos recursos humanos e materiais, bem como estratégias de articulação entre os cuidados primários, hospitalares e continuados, de forma a garantir uma resposta integrada e eficiente às necessidades de população”, sublinhou o Ministério liderado por Ana Paula Martins.

Em setembro foi publicado o Plano para a Resposta Sazonal em Saúde para o período de inverno pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em colaboração com a Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Este plano reforça a necessidade de todos os serviços e estabelecimentos do SNS, setor privado e social implementarem planos de contingência específicos, no âmbito da prevenção, preparação e resposta aos riscos e eventos associados à época do inverno”, salientou o SNS.

Este plano iniciou-se a 1 de outubro e prolonga-se até 30 de abril. Contudo estas datas podem ser adaptadas “em função da avaliação de risco”, acrescentou o SNS.

“Este plano, de âmbito nacional, é um instrumento orientador que promove o alinhamento dos planos de contingência específicos, elaborados pelas Unidades Locais de Saúde (ULS) e instituições do SNS não integradas em ULS (caso dos IPO). A sua operacionalização inclui a definição dos objetivos, metodologias, medidas e atividades, bem como os circuitos de informação/ comunicação mais adequados aos níveis de contingência”, descreve o serviço de Saúde.

É ainda referido pelo SNS que este plano têm entre os seus objetivos principais:

• Reduzir o impacto do frio e das infeções respiratórias agudas sazonais na
  morbilidade e mortalidade, com foco nos grupos mais vulneráveis e de
  risco;
  • Assegurar, num contexto de aumento da procura de serviços de saúde, o
  acesso oportuno a cuidados de saúde por parte da população, em especial
  dos grupos populacionais com maiores necessidades em saúde, aos
  diferentes níveis de cuidados do SNS, em articulação com o setor social e
  o setor privado;
  • Promover a efetividade dos cuidados prestados à população, promovendo
  a articulação entre as diversas unidades e níveis de cuidados de saúde;
  • Aumentar os níveis de literacia em saúde da população, promovendo
  comportamentos de prevenção da doença, proteção e promoção da saúde,
  em especial de grupos vulneráveis e de risco, bem como a utilização
  adequada dos recursos de saúde, adequando a procura e reduzindo a
  pressão sobre o sistema de saúde.

O Plano para a Resposta Sazonal em Saúde, para o inverno, é elaborado pela Equipa de Monitorização e intervenção na Resposta Sazonal em Saúde, que conta com representantes operacionais de cada uma das instituições centrais do
Ministério da Saúde intervenientes nessa resposta. Aqui estão incluídas as seguintes entidades:

a) Direção-Geral da Saúde (DGS), que coordena a nível estratégico e no âmbito
da saúde pública;
b) Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, I. P. (DE-SNS, I. P.), que
coordena a nível operacional a resposta do SNS e a articulação com os setores
social e privado;
c) Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.;
d) Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E. (SPMS, E. P. E.);
e) Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.;
f) Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P.;
g) Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P.;
h) INFARMED — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.
P.;
i) Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências, I. P.;
j) SUCH — Serviço de Utilização Comum dos Hospitais.

Ao nível da gestão de risco o plano contém várias medidas preventivas. Aqui inclui-se: Higiene e etiqueta respiratória; Lavagem e/ou desinfeção correta e frequente das mãos; Limpeza e desinfeção de equipamentos e superfícies; Arejamento e ventilação dos espaços interiores; Equipamentos de proteção individual; Campanha de vacinação sazonal.