A comissária Europeia Maria Luís Albuquerque está numa corrida para tornar o Mercado de Capitais Europeu, único e investivel.
O investidor europeu depara-se com dificuldades de investimento e processos burocráticos que afastam os investidores do mercado de capitais, que preferem investir em produtos com menos dores de cabeça como sejam os depósitos a prazo.
A somar às dificuldades dos investidores, os próprios emitentes e a Comissão Europeia não tem facilitado a vida. Os processo de fusão de empresas europeias arrastam-se meses, quando comparado com uma semana no caos dos EUA. A facilidade com que uma empresa é comprada, financiada, emite ações ou obrigações nos EUA, é o que permite esse mercado continuar a atrair o dinheiro do mundo – pouca burocracia.
Os investidores europeus, esses têm desafios e não são poucos! Começamos pelos dividendos. As ações de empresas europeias detidas por um investidor noutro país estão sujeitas a dupla tributação, onde o excesso do imposto raramente é recuperado. Aliás criou-se um negócio de recuperação de impostos onde empresas recebem uma percentagem do valor recuperado – é uma perda para os investidores e governos. E o que dizer da custódia e taxas para manter os títulos muitas vezes parados, que delapidam a rentabilidade dos inbestimentos?
Não são só os particulares com problemas! As empresas que pretendam aplicar a sua liquidez e investir em ações ou obrigações, têm de pagar uma taxa para obter o código Lei – Legal Entity Identifier, com um custo de manutenção anual, quando já têm numero de indentificação fiscal em cada país. Criam-se taxas e taxinhas que são um obstáculo ao investimento.
E o que dizer da dificuldade que é comprar um fundo português noutro país? Ao invés de se tentarem criar produtos pan europeus, como o PPR Europeu que é um buraco para investidores e comercialziadores, a Comissão Europeia tem de abolir as barreiras entre países que impedem a comercialização transfronteiriça dos fundos de investimento. Para um fundo ser comercializado noutro país está sujeito a comuncações prévias e ao pagamento a um agente de pagamento local. Ora o sistema financeiro atual comporta a liqudiação transfronteiriça sem necessidade de camadas burocráticas que se foram criando nas ultimas décadas. Precisamos de um mundo mais simples.
Mas antes de começar a sua jornada, o investidor ainda tem de preencher questionários que ninguem lê no que é uma proteção das instituições e não do investidor. Só resta desejar boa sorte à nossa Comissária, o trabalho é herculeo!