Segundo o mais recente estudo da WTW, a maioria das empresas em Portugal já adotou programas de benefícios flexíveis.
Segundo o estudo, 62% das empresas já implementaram planos de benefícios flexíveis, enquanto 16% estão a considerar avançar com este modelo, refletindo uma clara transformação das políticas de compensação.
O estudo revela que a gestão dos planos de benefícios flexíveis é maioritariamente externalizada: 34% das empresas utilizam plataformas externas dedicadas, enquanto 11% fazem a gestão internamente sem ferramentas específicas e apenas 4% desenvolveram soluções próprias.
Quando selecionam parceiros, as empresas privilegiam a variedade de benefícios (82%), a possibilidade de customização (63%), o preço (61%), o apoio ao cliente (59%) e a facilidade de implementação (59%) — evidenciando a importância de soluções simples, ágeis e completas.
A líder global em consultoria, corretagem e soluções, apresentou os resultados do Survey de Benefícios Flexíveis 2025, que confirma a consolidação deste tipo de programas no tecido empresarial português.
O Survey de Benefícios Flexíveis 2025 da WTW teve a participação de empresas de diferentes setores – incluindo indústria, tecnologia, serviços financeiros, pharma e outros serviços – proporcionando uma visão abrangente e atualizada da realidade dos benefícios flexíveis em Portugal.
O estudo contou com cerca de 80 participantes, sendo que o universo era composto, maioritariamente, por empresas multinacionais (54) e organizações com mais de 200 colaboradores (55).
A amostra do estudo inclui sobretudo empresas de grande dimensão e multinacionais, representando uma visão robusta do segmento corporativo mais estruturado, garante a WTW.
“Apesar da adoção crescente, os custos financeiros e a incerteza fiscal e legal continuam a ser os principais entraves para as organizações que ainda não avançaram com este tipo de programas”, refere a consultora.
O Survey teve como objetivo compreender as práticas e as expectativas das empresas relativamente a soluções de benefícios flexíveis no mercado português, identificando tendências, desafios e oportunidades.
Segundo Ana Amado, Head of Benefits da WTW Portugal, “os resultados mostram que as empresas estão cada vez mais focadas em oferecer pacotes de compensação que reflitam a diversidade das suas equipas e promovam o bem-estar em todas as dimensões da vida dos colaboradores. A flexibilidade já não é apenas uma tendência — é uma expectativa. E o desafio passa agora por encontrar soluções simples, eficientes e mas que sejam também adaptáveis”,
O que as empresas oferecem e o que os colaboradores valorizam
O Survey de Benefícios Flexíveis 2025 mostra um alinhamento, mas também algumas diferenças, entre a oferta e a valorização dos benefícios.
Os Vales Sociais são o benefício mais disponibilizado (84%), enquanto ocupam o segundo lugar entre os mais valorizados pelos colaboradores (65%). Já o Seguro de Saúde lidera a preferência dos colaboradores (78%) e é também o segundo benefício mais presente nos planos (78%).
Por outro lado, o Seguro de Vida surge como o benefício menos valorizado, reforçando a necessidade de literacia financeira e risco da população em geral.
O benefício de Home Office & Tecnologia destaca-se por manter o posicionamento nas duas dimensões — sendo o quarto mais valorizado e também um dos mais disponibilizados — reforçando o impacto do trabalho híbrido na gestão de pessoas.
Atualmente, os benefícios flexíveis nas empresas portuguesas são financiados através de quatro formatos distintos que são escolhidos como fonte de financiamento pela seguinte ordem: o salário variável, que representa a maioria das opções (54%), o valor fixo atribuído ao colaborador (23%), a percentagem do salário (20%) e outros modelos menos comuns (3%), como as “bolsas de seguros”.
A oferta das empresas é equilibrada: 37% disponibilizam entre 1 e 5 benefícios, outros 37% oferecem entre 6 e 10, e 26% disponibilizam mais de 10 benefícios. Quanto ao valor anual atribuído, o intervalo entre 1.001 euros e 5.000 euros é o mais comum, abrangendo 29 empresas, enquanto apenas quatro ultrapassam os 5.000 euros por colaborador.
No que se refere à flexibilidade operacional dos programas, 51% das empresas permitem apenas uma abertura anual, ao passo que 33% oferecem 12 aberturas, garantindo maior liberdade de escolha com ajustes mensais.
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