O tempo médio de vida das notas de euro é bem inferior ao número de anos que passaram desde o primeiro dia em que a moeda única começou a ser distribuída nos caixas automáticos dos 11 países fundadores do euro, a 1 de janeiro de 2002. E varia consoante o valor da nota, além de depender de muitos outros fatores.
O tempo de vida do euro
As notas de valor mais baixo são as que apresentam menor tempo de vida, segundo o Banco de Portugal. Em média, na área do euro, as denominações de 5, 10, 20 e 50 euros duram entre dois a três anos. Isto porque são utilizadas sobretudo como meio de troco, apresentando uma elevada frequência de utilização, explica o regulador bancário.
Como são mais rodadas, as notas de valor mais baixo estão também mais expostas ao desgaste e deterioração que decorre do seu manuseamento. Quanto mais frequente é a utilização de uma nota, mais provável é que a sua qualidade e integridade sejam postas em causa.
As notas de valor mais alto são menos utilizadas no dia-a-dia, sendo, com frequência, usadas como reserva de valor. É por isso que as notas de 100, 200 e 500 euros têm maior durabilidade. Na área do euro, o tempo médio de vida das denominações de 100 e 200 euros varia entre 8 e 10 anos e a nota de 500 euros tem uma duração próxima de 12 anos.
Que fatores afetam a duração das notas
Há diversos fatores que condicionam o tempo de vida das notas. É o caso das características específicas de cada nota, o seu ciclo de vida, a velocidade de circulação na economia e o circuito de recolha.
Os atributos específicos das notas influenciam a sua durabilidade, já que os materiais usados na sua produção condicionam a sua resistência. O percurso que as notas fazem desde a sua produção e colocação em circulação até à recirculação também afeta o tempo médio de vida. A velocidade de circulação na economia, ou seja, o número de vezes que uma nota é transferida de mão em mão, é outro dos fatores que influencia o seu tempo de vida, tal como o seu circuito de recolha, avaliação e posterior disponibilização por parte dos bancos centrais.
Até a forma como as notas são guardadas, desde o momento em que são produzidas até serem colocadas em circulação, e o clima da região em que circulam afetam a sua durabilidade.
Como se aumenta a resistência das notas
A durabilidade é uma das preocupações que os bancos centrais têm em conta no momento de conceber uma nota. Tornar as notas de euros mais resistentes e mais seguras foi, aliás, o objetivo do lançamento da segunda série das notas de euros, a série Europa, introduzida em 2013.
Para aumentar a sua resistência, o papel em que as notas são impressas é composto por fibras de algodão. Nas notas de 5 e 10 euros da série Europa é também aplicada uma camada protetora após a impressão, para reforçar a durabilidade destas denominações que têm uma alta rotação de circulação.
A aposta na qualidade das notas é feita com a preocupação de permitir o equilíbrio com os custos da sua substituição. As notas têm de ter qualidade para garantir a confiança do público no numerário – o que depende da perceção da legitimidade das notas, ou seja, da capacidade de detetar com facilidade os seus elementos de segurança – e permitir a verificação automática da sua legitimidade, de que o Banco de Portugal é responsável. Contudo, no seu processo de conceção e produção, assim como na política de escolha de notas adotada pelos bancos centrais, são também tidos em conta os custos financeiros de fabricação, os encargos de segurança e o impacto ambiental.
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