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Mais pedras preciosas e expansão na Europa e Ásia. Louis Vuitton estuda futuro da Tiffany

Atualmente, mais de um terço das 320 lojas estão localizadas nos Estados Unidos, e o grupo de luxo francês descreve estas lojas como antiquadas, a precisar de obras e de má qualidade.
26 Janeiro 2021, 17h45

O grupo de luxo Louis Vuitton vai rever toda a linha da joalharia Tiffany & Co, de forma a aumentar o foco no ouro e pedras preciosas, depois de fechar a aquisição da joalharia em 15,8 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros) após voltar atrás na decisão, avança a “Reuters”.

Fontes dentro da Tiffany disseram à “Reuters” que o agora proprietário também pretende renovar a aparência da joalharia, tornando-a mais atual, e aumentar a presença por toda a Europa e Ásia. Atualmente, mais de um terço das 320 lojas estão localizadas nos Estados Unidos, e o grupo de luxo francês descreve estas lojas como antiquadas, a precisar de obras e de má qualidade.

“A LVMH [Louis Vuitton Moët Hennessy] pode dar à Tiffany o tempo e dinheiro necessários para fazer alguns grandes investimentos na linha de produtos e nas lojas em todo o mundo, e esperar que eles paguem a médio prazo”, disse uma das fontes com conhecimento do negócio.

No início do mês, o fundador da LVMH escolheu o seu filho, Alexandre Arnault, para ser vice-presidente executivo da Tiffany, responsável pelas áreas de produto e também da comunicação da joalharia. Também o nome Michael Burke vai migrar para a Tiffany & Co ao ser nomeado chairman, e Anthony Ledru assumirá o lugar de CEO, sendo que Ledru já esteve na joalharia e passou pela rival Cartier.

À data, os preços dos produtos da Tiffany variam dos 150 dólares (123,34 euros) por pulseiras de prata e vão até às dezenas de milhões de euros por colares de diamantes, muitos deles usados por estrelas de Hollywood nas passadeiras vermelhas.

Especialistas consultados pela “Reuters” afirmam que as joias em prata têm uma margem bruta perto dos 90%, oferecendo ainda um ponto de entrada para os consumidores mais jovens e com menos dinheiro. No entanto, os especialistas defendem que a marca tem de continuar a apresentar joias para a classe média e alta, com preços fixados acima dos 100 mil dólares (82,2 mil euros), de forma a criar exclusividade para estes consumidores.

No início de setembro era conhecido que o grupo liderado por Bernard Arnault desistia do negócio de compra da joalharia devido à pandemia da Covid-19, uma vez que afetou severamente as vendas do grupo de luxo francês, tendo a Tiffany & Co avançado para um processo judicial.

Mais tarde, já no final de outubro, as duas empresas avançavam publicamente que o negócio ia ser fechado após as condições serem renegociadas. Após uma nova proposta da LVMH, o preço de aquisição da joalharia das caixas azul-marinho, registada sob o nome azul ovo de Robin, fixou-se em 112,13 euros por ação, um valor abaixo dos 115,12 euros que tinham sido negociados originalmente antes da pandemia. Face ao preço proposto inicialmente, o grupo francês teve um desconto de 362,41 milhões de euros devido à rebaixa do preço por cada ação.

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