Mais de mil milhões de euros de investimento vão estar em jogo no leilão de energia solar que arranca esta quinta-feira, 25 de julho, e termina na próxima segunda-feira, 29 de julho.
O leilão de 1.400 megawatts (MW) de potência vai atribuir capacidade de ligação à rede aos promotores que vençam as licitações pelos 41 lotes que estão em jogo. No total, inscreveram-se 64 empresas neste leilão, com a procura a superar a oferta em nove vezes. O Governo espera ter o leilão concluído até 10 de agosto.
Dos 1.400 MW em jogo, a região centro de Portugal Continental vai receber a maioria desta nova potência (57%) num total de 795 MW. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com 340 MW (24,3%), o Alentejo com 185 MW (13,2%) e o Algarve com 30 MW (2,1%).
No total, o Governo prevê 1.120 milhões de euros de investimento a realizar por parte de investidores privados para construírem estas centrais. A maior fatia vai ter como destino a região centro de Portugal Continental: 634 milhões de euros. Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo com 266 milhões; Alentejo com 144 milhões; Algarve com 22 milhões de euros.
Este é o maior leilão de energia renovável a ter lugar em Portugal desde 2006, quando o Governo de José Sócrates lançou um leilão de energia eólica. Este processo contou com três fases que culminou na atribuição de 1.800 MW de potência.
Fora do âmbito do leilão, o Governo avançou que já houve vários promotores que mostraram o seu interesse em construir “três ou quatro projetos” de 1 gigawatt, conforme avançou o secretário de Estado da Energia, João Galamba, em junho. Nestes casos, por estarem fora do leilão, os promotores têm de pagar o acesso à rede elétrica, se os projetos avançarem.
A EDP Renováveis é uma das empresas que vai participar neste leilão, confirmou na quinta-feira o presidente da companhia, depois de anteriormente ter anunciado a sua vontade em entrar neste processo. “Vamos participar”, disse João Manso Neto.
O leilão tem duas modalidades: uma remuneração garantida ou uma “remuneração geral, incidindo a licitação dos participantes, num desconto, em percentagem, relativamente à tarifa de referência no primeiro caso ou, no segundo caso, numa contribuição, em (euro)/MWh, para o Sistema Elétrico Nacional”, segundo o diploma do Governo publicado em junho. A EDP Renováveis vai participar na modalidade de “preço fixo”, anunciou João Manso Neto.
A Finerge, o segundo maior produtor de eletricidade renovável em Portugal, é outra das empresas que vai participar no leilão. O presidente executivo, Pedro Norton, avançou ao Jornal Económico no final de junho que a companhia iria participar neste processo.
https://jornaleconomico.pt/noticias/615-milhoes-de-investimento-maioria-da-nova-energia-solar-vai-ser-instalada-na-regiao-centro-de-portugal-453019
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