As startups surgem de uma ideia inovadora que muitas vezes precisa de ser testada no mercado antes de singrar e conquistar seu espaço. Até esse momento, as startups necessitam de financiamento. Foi assim, por exemplo, que nasceu a Amazon quando, em 1994, Jeff Bezos pensou em utilizar a internet para enviar livros pelo correio. A ideia singrou, expandiu-se e tornou a Amazon numa “loja de tudo” com uma capitalização bolsista superior a 900 mil milhões de dólares.
A injeção de capital é uma questão de sobrevivência para as startups. O Jornal Económico aproveitou a presença de diversos investidores na terceira edição da European Innovation Academy, um programa de ensino de empreendedorismo tecnológico que se realizou em Portugal, e perguntou-lhes que conselhos dariam a jovens empreendedores que procuram financiamento.
O norte-americano Ravi Belani, managing director da Alchemist Accelerator, um acelerador de startups com 24 milhões de dólares em ativos sob gestão, e professor de empreendedorismo na Universidade de Stanford, vincou a importância “testar o mercado antes de criar um produto”. Não é apenas necessário identificar uma necessidade do mercado, é ainda preciso encontrar mercados “únicos para os quais ninguém está a prestar atenção”, reforçou. “É melhor do que seguir tendências” disse Ravi Belani.
Para Ricardo Marvão, da sociedade portuguesa LC Ventures que tem 11,2 milhões de euros em ativos sob gestão, a preparação é crucial para os empreendedores que estão à procura de financiamento. “Eles devem saber que apenas têm alguns minutos da atenção dos investidores para apresentarem os seus projetos”, alertou. Por isso, “estejam preparados”, disse.
O investidor português explicou ainda que os empreendedores devem conhecer o negócio e o mercado em que operam na ponta da língua. “Foquem-se em métricas concretas e quantifiquem o mais possível os benefícios que vão dar aos vossos clientes”, salientou Ricardo Marvão.
No fundo, os empreendedores devem conseguir “explicar o mercado e a concorrência e explicar também por que razões pensam que vão ter sucesso”. Além disso, devem dizer “o que vão fazer com o capital angariado” e foquem-se em explicar como o vão utilizar para “aumentar as receitas, as margens e melhorar a competitividade” da empresa, disse Ricardo Marvão.
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