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Banco Africano de Desenvolvimento investe 13 mil milhões de dólares nos países da SADC

O presidente da instituição avançou o dado quando discursava em Dar es Salaam, na cerimónia de abertura da 39ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.
26 Agosto 2019, 16h25

Os investimentos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) nos países da África austral totalizam 13 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) para os últimos quatro anos.

Segundo o presidente da instituição, Akinwumi Adesina, a carteira de financiamentos destinou 5 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros) para a gigante ESKOM, empresa pública de eletricidade da África do Sul e a maior de África, pois não só fornece eletricidade para a própria África do Sul como também para alguns países da SADC.

Angola e Moçambique beneficiaram de um pacote de 5 mil milhões de dólares para aprofundar os investimentos do sector privado, após a instituição ter lançado o chamado Pacto de Financiamento do Desenvolvimento lusófono africano, para ajudar a alavancar investimentos privados – é o primeiro do género na história do banco e do continente.

O banco sul-africano ABSA negociou junto do BAD uma linha de financiamento de 300 milhões de dólares (na ordem dos 270 milhões de euros) para facilitar o comércio intrarregional, dos quais 200 milhões de dólares (aproximadamente 180 milhões de euros) para dar suporte às trocas comerciais entre 20 países e garantir seguros de risco comercial.

Outro investimento de peso são 300 milhões de dólares para a expansão do porto de Walvis Bay, na Namíbia, para proporcionar um melhor acesso portuário à Zâmbia, Botswana e Zimbabwe.

O apoio do BAD permitiu o aumento da capacidade do porto, que atualmente mais do que dobrou de 300 mil unidades de pé equivalentes (cerca de 300 mil contentores de 20 pés) para 750 mil, disse o presidente do BAD. “O banco está para apoiar, fortemente, e o mais rápido possível, o desenvolvimento económico da região”, disse Adesina perante os 16 Chefes de Estado e de Governo dos países da SADC.

Desde 2015 que o BAD expandiu-se, abrangendo, atualmente, cinco regiões de África, nomeadamente, oeste, leste, centro, norte e sul. Em quatro anos a instituição conseguiu abrir representações em 41 países do continente.

“O meu compromisso pessoal com a região é muito forte. Nomeei dois vice-presidentes do banco da África Austral, incluindo o primeiro vice-presidente lusófono na história do banco”, disse Adesina.

Os resultados dos financiamentos do BAD anunciados pelo seu presidente, desde que lançou uma alta estratégia de investimentos em 2015 para o continente, incluem 16 milhões de pessoas já beneficiadas com o consumo de eletricidade.

O acesso a tecnologias agrícolas melhoradas alcançou 70 milhões de pessoas, outras nove milhões de pessoas acederam a financiamento de empresas privadas. O pacote de financiamentos para o sector dos transportes, permitiu acesso a 55 milhões de pessoas, ao passo 31 milhões de pessoas ganharam acesso a água e saneamento melhorado.

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