Turismo: Portugal é muito mais que um destino moda. Consolidar é a palavra de ordem

Numa parceria que visa promover o debate e o esclarecimento público sobre os grandes temas decisivos para o futuro de Portugal, o 30′ A 3 voltou esta terça-feira a suscitar uma temática de enorme importância. A terceira conversa mensal promovida pelo JE e pelo Montepio Crédito, no Olivier Avenida, em Lisboa, teve como convidado, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Desafiado a comentar o momento atual da indústria, o presidente da CTP salienta o grande crescimento registado nos últimos cinco anos, defendendo que esta será a tendência dos próximos tempos. Em Portugal, em seu entender, “os empresários trabalharam muito, fizeram muita coisa. E quem diz que é uma moda não tem a mínima ideia do que foi feito. Hoje temos, inegavelmente, um bom produto, bom preço, ajustado à procura”,

Apontando como principais barreiras, as questões como os transportes, sobretudo o que diz respeito a ferrovia e aeroportuário, alerta ainda para a necessidade de um forte investimento, estendendo o desafio ao próximo Governo.

Certo de que tudo está a ser feito para dar resposta aos problemas que vão surgindo, como o fator que afetou o mercado o ano passado com a significativa descida da presença do mercado emissor britânico, realçou o trabalho feito por diversos players para aumentar os turistas brasileiros, chineses, americanos.

Mas este trabalho chega ainda a áreas como o golfe ou os ‘city breaks’, em que Portugal não só se adapta como ainda tenta diversificar e potenciar nichos de grande potencial.

Corroborando a ideia de que o turismo em Portugal é muito mais do que moda, Pedro Gouveia Alves, presidente do Montepio Crédito, frisa a importância deste ecossistema, na certeza de que a análise à evolução passa por atentar “à cadeia de valor gerada pelo setor mas em todas as vertentes”, recordando que a indústria atingiu os 8,2% do Produto Interno Bruto, considerando apenas as receitas.

Na sua opinião, o caminho que importa agora fazer é o da consolidação. “É uma grande responsabilidade continuar a crescer. sendo que o crescimento foi de mais de 50% nos últimos cinco anos. Mas não será possível crescer a dois dígitos. Temos de olhar para a frente, com esta indústria que já faz parte da riqueza do país”.