Os elementos da Polícia Judiciária Militar (PJM) que encenaram a recuperação das armas furtadas no paiol de Tancos pretendiam receber louvores do Presidente da República, revela o “Jornal de Notícias” (JN) na edição desta quinta-feira, 26 de setembro.
A intenção consta de um documento do major Vasco Brazão, na altura porta-voz da PJM, enviado ao seu ex-diretor, o coronel Luís Vieira. No texto em causa, consultado pelo Ministério Público, Vasco Brazão conta que a PJM deve propor louvores a todos os militares junto de Marcelo Rebelo de Sousa.
A TVI noticiou esta semana que o major se referiu, numa escuta telefónica, ao Presidente da República, como o “papagaio-mor do reino”, que, segundo ele, sabia de tudo. Mais tarde, o chefe de Estado português assegurou nunca ter sido informado, por qualquer meio, sobre o alegado encobrimento na recuperação das armas furtadas de Tancos, e sublinhou que “é bom que fique claro” que “não é criminoso”.
“Nem através do Governo, nem através de ninguém no parlamento, nem através das chefias militares, nem através de quaisquer entidades de investigação criminal, civil ou militar, nem através de elementos da minha equipa, da Casa Civil ou da Casa Militar, nem através de terceiros, não tive”, declarou, à margem da Assembleia-geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Conforme lembra hoje o JN, do material furtado, falta apenas recuperar as 1.500 munições de 9mm, que terão sido retiradas do paiol para equipar as Glocks furtadas na Direção Nacional ds Polícia de Segurança Pública.
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