André Silva viajou hoje de manhã entre Santa Maria da Feira e Espinho, na Linha do Vouga, num percurso que demorou 40 minutos (de carro demora cerca de dez), para mostrar alguns dos problemas da ferrovia no país.
PANo final da viagem, aos jornalistas, o porta-voz do PAN vincou a necessidade de ligar todas as capitais de distrito por comboio até 2035 e reforçar os comboios suburbanos nas áreas metropolitanas.
Questionado sobre os custos desse plano para a ferrovia nacional, André Silva referiu que o plano poderia ser implementado “com um investimento de 100 milhões de euros por ano”.
“As pessoas estão cada vez mais conscientes para a necessidade de se fazer uma mobilidade mais sustentável, mas isso não chega. Se essa mobilidade e intermobilidade entre vários transportes públicos for eficaz, as pessoas aderem”, salientou.
No caso concreto de Santa Maria da Feira, a viagem através de comboio até ao Porto, onde muitos habitantes trabalham, começa por um percurso de 10 a 15 minutos de pé até à estação de comboio, uma viagem de 40 minutos até Espinho, a mudança de linha que fica a um quilómetro de distância e depois nova viagem até ao Porto, num percurso que pode demorar “uma hora e meia a duas horas”, realçou.
“Há muito a fazer no nosso país em termos de mobilidade, que é a segunda atividade com maior impacto ao nível das alterações climáticas e, no que diz respeito às áreas metropolitanas, onde há mais pessoas, há que melhorar as infraestruturas dos metropolitanos e também das linhas de comboio suburbanas”, acrescentou.
No comboio, Maria, de 60 anos, disse à agência Lusa que o comboio, que usa regularmente, “avaria muitas vezes” e que, por vezes, “é esquecido” e não aparece.
Apesar de naquela viagem estarem poucas pessoas, no verão, há demasiada gente para as poucas carruagens do comboio, lamentou.
Se em Santa Maria da Feira, quer no comboio quer nas ruas da cidade, André Silva encontrou pouca gente, em Aveiro foi diferente, no início do dia de campanha, que começou com o porta-voz do PAN a ouvir David Iguaz, de um movimento local contra um novo estacionamento no Largo do Rossio, que criticava a aposta da Câmara Municipal em levar mais carros para o centro da cidade, quando a nível europeu e nacional se aponta para o inverso.
De panfletos de papel reciclado na mão, André Silva foi abordando as pessoas que foi encontrando na rua, a maioria excursionistas de outros pontos do país, ouvindo algumas palavras de apoio, acenos, ou o simples reconhecimento.
Mas foi de uma das bancas de venda de viagens de moliceiro da Ria de Aveiro que surgiram as palavras de maior apoio.
“Aveirenses, votem no PAN”, apelou o jovem Daniel Rocha, referindo que “muitos podem ter sido apanhados de surpresa” com este partido, mas ele não foi.
Depois de deixar ainda um pedido a André Silva para acabar com as touradas, o jovem de 31 anos disse que nas últimas legislativas votou no PAN e que agora também irá votar.
“Só temos um planeta. Não há planeta B. Não votem PS ou PSD. Votem PAN”, vincou.
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