A empresa tecnológica norte-americana Google confirmou esta passada segunda-feira, 7 de outubro, a suspensão do programa que previa melhorar a técnica de reconhecimento facial, avança o jornal espanhol ‘Expansión’. Desde o início que este programa tem sido polémico, uma vez que pagava cinco dólares a estudantes e sem abrigos para o seu rosto ir para um banco de dados.
Em troca do cartão no valor de cinco dólares, a Google obtinha uma fotografia do rosto de vários cidadãos pertencentes a minorias, nomeadamente de afro-americanos. O jornal espanhol avança que a recolha de fotografias de afro-americanos era o objetivo do programa, uma vez que os sistemas de reconhecimento facial foram acusados de serem pouco diversificados em termos raciais.
A agência de trabalho temporário Randstad foi abordada pela tecnológica para realizar a recolha de imagens de diversos rostos. De acordo com a imprensa norte-americana, os trabalhadores da agência receberam ordens para “não serem claros” relativamente ao propósito da recolha com as pessoas que disponibilizavam fotografias do seu rosto a três dimensões.
A advogada Nina Hickson afirmou numa carta enviada à Google que “a possibilidade dos membros das nossas populações mais vulneráveis estarem a ser explorados para o progresso dos interesses comerciais da vossa empresa é muito alarmante por várias razões “.
As imagens dos cidadãos da cidade de Atlanta iam fornecer informação para o novo smartphone Pixel 4, que pretendia obter mais diversidade ao nível do rosto de cidadãos pertencentes a minorias. Um estudo realizado no ano passado descobriu que o reconhecimento facial identificou, de forma incorreta, 28 congressistas norte-americanos pertencentes a minorias étnicas como criminosos, quando a sua fotografia era comparada com imagens da base de dados da polícia.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com