O mercado português iniciou a semana em trajetória de subida em linha com as principais praças do velho continente. O EuroStoxx 50 valorizou 1,14% para 3.665,2 pontos e o nosso PSI-20 avançou 1,71% para 5.203,4 pontos.
A Altri e a Navigator, empresas de caráter cíclico, dominaram a sessão, ao liderarem os ganhos do PSI-20 (6,22% para 5,895 euros e 5,06% para 3,444 euros, respetivamente).
Na lista das maiores subdias ainda se destacou o BCP, que valorizou 2,51% para 0,2082 euros, acompanhando a tendência do setor bancário europeu.
Por cá o BPI detido pelo CaixaBank apresentou os seus resultados do terceiro trimestre a viu os lucros caírem 52%. Já o dono do BPI, o espanhol CaixaBank, na semana passada, obteve lucros de 1.266 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma redução de 28,4% em relação ao mesmo período de 2018, explicado pelos custos do acordo laboral.
A Corticeira Amorim subiu 3,95% para 10 euros; a Mota-Engil disparou 3,48% para 2,084 euros; a Galp avançou 2,24% para 14,625 euros; A EDP Renováveis fechou com ganhos de 1,39% para 10,220 euros; a NOS ganhou 1,23% para 5,330 euros. Mas há mais subidas expressivas. A Pharol ganhou 2,42% e a Sonae subiu 1,38%.
Apenas um título fechou a sessão sem valorizações: a Semapa, dona da Navigator. Na passada 5ª feira após o fecho, a empresa divulgou os seus resultados relativos aos primeiros 9 meses do ano. O lucro aumentou 14,90% para os 112 milhões favorecido pela melhoria dos resultados financeiros líquidos e pela redução dos impostos sobre o rendimento.
Na Europa o verde dominou. Os produtores de matérias-primas, os fabricantes de automóveis lideraram os ganhos, seguidos pelo setor bancário que também registou uma valorização interessante.
O otimismo no acordo EUA/ China foi um importante catalisador para os mercados acionistas, isto depois do secretário do comércio norte-americano ter admitido essa possibilidade para breve.
“O índice Euro Stoxx 50 encerra o dia em máximos de janeiro de 2018 alimentado pela valorização da Banca e de setores mais expostos à trade war, como Auto, Recursos Naturais e Tecnológico”, avança o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.
“Adicionalmente, a previsão de melhoria do sentimento dos investidores na Zona Euro, dada pelo indicador Sentix, e o alívio do ritmo de queda na indústria na Zona Euro deram algum conforto aos investidores”, acrescenta o mesmo analista.
O FTSE 100 avançou 0,92% para 7.369,7 pontos; o CAC 40 subiu 1,08% para 5.824,3 pontos; o DAX subiu 1,35% para 13.136,28 pontos; o FTSE MIB disparou 1,64% para 23.311,43 pontos e o IBEX subiu 0,95% para 9.416,4 pontos.
A nível macroeconómico, em outubro de 2019, o Purchasing Managers’ Index na indústria da Zona Euro foi de 45,9 pontos (abaixo do limiar da neutralidade – 50,0), o que compara com 45,7 pontos no mês anterior.
No mercado de dívida soberana, a dívida alemã sobe 3,1 pontos base para -0,351%; o mesmo acontecendo a Portugal que vê os juros agravarem 3,1 pontos base para 0,234% e Espanha que tem os juros em alta de 3,5 pontos base para 0,309%. Itália está melhor que os países do sul, ao ver uma subida de apenas 0,2 pontos base para 0,995%.
Segundo o Banco de Portugal, em setembro de 2019, a Dívida Pública situou-se em 252,3 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 0,2 mil milhões de euros face ao mês anterior e uma diminuição de 0,8 mil milhões de euros face ao mês homólogo.
A instituição refere que esta variação reflete o aumento das responsabilidades em depósitos parcialmente compensado pela diminuição dos títulos de dívida e dos empréstimos.
No mercado do petróleo o Brent, referência na Europa, dispara 1,52% para 62,63 dólares.
O euro cai 0,19% para 1,1145 dólares.
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