As fabricantes japonesas Honda Motor e Nissan Motor, respetivamente a segunda e terceira maiores fabricantes do Japão, vão vender menos 250 mil veículos no ano financeiro corrente devido à escassez global de chips semicondutores, que têm afetado a produção de várias empresas, revela a “Reuters”.
As duas fabricantes fizeram a revelação dos valores ao assumirem perspetivas mais otimistas para o ano fiscal que irá encerrar em março, com os mercados automóveis a recuperar da quebra forçada pelo novo coronavírus. Além deste anúncio, a Honda e a Nissan relataram melhores resultados do que o esperado para o terceiro trimestre do ano fiscal.
Com a pandemia, a Honda reduzir a meta de vendas em cerca de 100 mil veículos, o que representa 2,2% do valor final, para 4,5 milhões de veículos, enquanto a Nissan cortou o objetivo em 150 mil carros, representando 3,6% do valor, para 4,015 milhões de unidades. As duas fabricantes tiveram de ajustar os valores da produção por causa da falta dos chips.
“Modelos populares que vendem bem foram fortemente afetados pela falta de semicondutores”, apontou Seiji Kuraishi, diretor de operações da Honda. “Precisávamos de trocar a ajustar os planos de produção, mas nem isso foi suficiente”, continuou.
O diretor de operações da Honda prevê que a escassez destes semicondutores seja reduzida durante o primeiro semestre de 2021. O fornecimento destes chips foi fortemente impactado devido às sanções aplicadas por Donald Trump à China durante a guerra comercial, sendo que a pandemia também impediu a produção do material.
A Honda indica que no mês passado teve de reduzir a produção de cinco modelos em cinco instalações nos Estados Unidos e Canadá devido à falta dos chips semicondutores. Também a Nissan teve de cortar a produção do novo Note, que já incluía tecnologia híbrida.
Para o ano fiscal que termina em março, a Nissan estima um prejuízo operacional de 205 mil milhões de ienes (1,62 mil milhões de euros), comparativamente com a previsão de perda de 340 mil milhões de ienes (2,69 mil milhões de euros). Por sua vez, a Honda estima um lucro operacional de 520 mil milhões de ienes (4,11 mil milhões de euros), acima dos 420 mil milhões de ienes (3,32 mil milhões de euros) previstos no terceiro trimestre fiscal.
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