[weglot_switcher]

Gerir teletrabalho, telescola e vida familiar? Ordem dos Psicólogos deixa conselhos aos pais

Gerir a vida familiar, teletrabalho e a telescola do filhos pode ser um desafio para os pais. Por isso, a Ordem dos Psicólogos deixa três recomendações para ajudar os educandos a fazer frente a este período.
Zoom
9 Fevereiro 2021, 20h19

Com o regresso do ensino à distância, revivem-se muitas das dificuldades e obstáculos a que se assistiu no ano passado. Para os alunos, agravam-se as dificuldades de um ensino online e para os pais o desafio de conciliar o teletrabalho e a vida familiar. Assim, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) publicou um documento com novas dicas para estudar em tempo de pandemia, a pensar especialmente nos pais.

É importante reconhecer que o novo confinamento é “uma situação difícil para as crianças e adolescentes, mas também para os pais e cuidadores”, salienta a OPP, explicando que é natural que os pais se sintam ansioso e preocupados “sem saber exactamente o que fazer e como ajudar as crianças e adolescentes”.

“Tolerância e flexibilidade são as palavras a ter em mente”, deixam frisado.

Cuide de si e tente ver o lado positivo:

A OPP recomenda que os pais tentem encarar o confinamento como “uma oportunidade de passar mais tempo em família e procure encontrar a melhor forma de lidar com o ensino à distância”. Por isso pede que os educadores “mantenham a calma, tenha expectativas realistas” e lembra que os pais não são professores.

“É também fundamental encontrar tempo para si próprio e perceber que não está sozinho”.

Organize o dia-a-dia:

Os especialistas da OPP recomendam que os educandos construam em conjunto com os filhos “um horário semanal que inclua momentos de aulas, estudo autónomo, lazer e relaxamento, adaptado à rotina familiar”, argumentando ser “fundamental respeitar os momentos de intervalo para garantir a concentração e sempre que possível diferencie a zona de estudo da zona de lazer”.

Acompanhe e promova o estudo autónomo:

Os pais devem acompanhar o estudo dos filhos e ser como tutores, “que mostram o caminho, ajudam a motivar, dão exemplo e apoiam no cumprimento dos objectivos”, orienta a OPP. É normal que os mais novos se sintam assoberbados com a quantidade de recursos, materiais e plataformas novas às quais têm de aceder. Ajude nesse aspecto e relativize quando as crianças não conseguirem cumprir todas as exigências.

A OPP lembra que “quantidade não é qualidade”. Não adianta cumprir uma lista enorme de tarefas, se depois os conhecimentos não estiverem consolidados. Mantenha, por isso, um contacto os professores ou educadores de infância, sempre com objectivo de promover, ainda assim, a capacidade de auto-regulação.

É fundamental que não se intrometa demasiado e deixe que os adolescentes façam uma gestão autónoma do estudo e do método de estudo. No caso dos mais novos, ajude-os a dividir e orientar as tarefas, mas dando-lhes sempre autonomia. Fazer uma lista de tarefas, por ordem de importância, pode ajudar.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.