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Turismo: Cresce ou não em 2020?

Para a recém-chegada secretária de Estado Turismo, Rita Marques, o setor atingiu o seu “estado maduro”, o qual não é sinónimo de estagnação mas sim de crescimento moderado
28 Dezembro 2019, 11h00

Enquanto os decisores políticos e os principais agentes económicos do setor vão alinhando na perspetiva otimista de um crescimento que continuará, ainda que a ritmo inferior ao alcançado nos últimos anos, os resultados obtidos na entrada do último trimestre deste ano deixam a porta entreaberta a um sentido diferente na trajetória do setor vedeta da economia portuguesa.

Para a recém-chegada secretária de Estado Turismo, Rita Marques, o setor atingiu o seu “estado maduro”, o qual não é sinónimo de estagnação mas sim de crescimento moderado.

Contudo, admite que estão longe dos aumentos de dois dígitos que o caracterizaram nos últimos anos. A inevitabilidade do compasso a dois dígitos é corroborada por Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, defendendo mesmo não ser possível crescer infinitamente a tal ritmo, porém, se solucionadas questões prementes como o aeroporto de Lisboa ou a falta de recursos humanos qualificados, entre outros, o setor continuará a registar um crescimento sustentado.

Com a moderação e a desaceleração nos pratos da balança, os números da atividade turística de outubro deste ano, apurados pelo Instituto Nacional de Estatística, veem reforçar a inversão de sentido dos últimos meses e os recuos voltam a evidenciar-se com a estada média a ficar-se pelas 2,55 noites, numa redução de 3,2%; a taxa de ocupação foi de 48,7% (menos 1,2 p.p.), e as receitas totais, a desacelerar para 5,4%, atingiram 387,9 milhões de euros.

Em jeito de “big picture”, a Conta Satélite do Turismo sobre 2018, agora apresentada pelo INE, vem mostrar que o Valor Acrescentado Bruto gerado pelo Turismo (VABGT) atingiu 14.091 milhões de euros em 2018 (em 2017 tinham sido 13.045 milhões e em 2016, 11.123 milhões). Ainda que esteja em causa um aumento de 8% do VAB, não deixa de representar uma desaceleração relativamente aos 17,3% verificados em 2017.

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