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Santander responde aos sindicatos dizendo que “não exerceu, não exerce e não exercerá qualquer pressão”

Os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores, em comunicado conjunto, pediram “o fim da pressão, que pode, em certas circunstâncias, configurar assédio – o que é proibido por lei – e o respeito pelo horário de trabalho”. O Santander garante que “não exerceu, não exerce e não exercerá  qualquer pressão sobre os seus colaboradores” e diz que privilegia o diálogo com os sindicatos.
Cristina Bernardo
17 Fevereiro 2021, 15h44

O Banco Santander Totta já reagiu ao comunicado conjunto da Comissão de Trabalhadores e dos Sindicatos, divulgado esta quarta-feira.

” O Santander não exerceu, não exerce e não exercerá  qualquer pressão sobre os seus colaboradores”, garante o banco.

“O Santander privilegiará sempre o diálogo com os sindicatos para encontrar as soluções que melhor acautelem os interesses dos trabalhadores num cenário de profunda transformação que irá ocorrer nos próximos anos em todo o setor bancário europeu”, garantiu hoje o banco liderado por Pedro Castro e Almeida.

Os sindicatos enviaram hoje um comunicado a dar conta de “uma reunião inédita, que juntou pela primeira vez o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), o MAIS Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e a Comissão de Trabalhadores do Banco Santander Totta”.

Nessa reunião, segundo os sindicatos, “foi feita uma análise conjunta da situação laboral de centenas de trabalhadores do Banco Santander Totta e, de forma histórica, foi tomada pela primeira vez uma posição conjunta, exigindo à Administração da instituição bancária que suspenda o processo unilateral de reestruturação em curso no Banco”.

Os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores do banco pedem a “imediata suspensão de todos os processos de Rescisão por Mútuo acordo e de encerramento de balcões e serviços durante a pandemia, como foi já solicitado pelos Sindicatos e à recolocação, nos seus locais de trabalho, em condições de dignidade, de todos os trabalhadores do Banco Santander Totta que recusaram as Rescisões por Mútuo Acordo e a colocação de todos os que viram os seus balcões encerrados”.

Os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores pedem “o fim da pressão, que pode, em certas circunstâncias, configurar assédio – o que é proibido por lei – e o respeito pelo horário de trabalho”.

O Santander rejeita, em declarações ao Jornal Económico, que tenha havido pressão.

O Sindicato pede ainda a “abertura de um programa de candidaturas de adesão livre a reformas antecipadas e pré-reformas, bem como a Rescisões por Mútuo Acordo, com condições objetivas e publicamente conhecidas pelos trabalhadores, proposta já apresentada pelos Sindicatos”.

O comunicado dos sindicatos, vem em linha com outros que têm sido difundidos pelo SNQTB e pelo Mais sindicato. Na comunicação de hoje os sindicatos e Comissão de Trabalhadores sobem de tom as acusações ao banco e dizem que “face à gravidade da situação, os Sindicatos e a Comissão de Trabalhadores não desistem da sua luta pela defesa dos direitos de todos os trabalhadores do Banco Santander Totta. Para tanto, admitem recorrer a todas as formas de luta previstas na Lei”.

 

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