A indústria conserveira portuguesa quer reinventar-se para voltar a crescer e está a apostar na criação de petiscos gourmet. Quem o afirma é a responsável pela Loja das Conservas, em Lisboa, onde estão reunidas 18 conserveiras nacionais de peixe.
“Tem havido um esforço de reinvenção da própria indústria […], que, atualmente, vai muito além da tradicional sardinha ou atum”, afirmou Sara Costa. A maior variedade na produção de novas espécies de peixe “tem contribuído para que haja um crescimento a nível de toda a indústria e um reconhecimento por parte dos consumidores”, defendeu.
Para Sara Costa, as conservas são “um produto de qualidade, a um preço acessível, e uma boa forma de consumir peixe de uma forma saudável”.
A Loja das Conservas, que nasceu por iniciativa da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe, organiza semanas temáticas para promover os produtos de cada conserveira nacional.
Inaugurada em 1991, a conserveira Briosa, um negócio de família com uma unidade fabril na Figueira da Foz, deslocou-se até Lisboa para promover os mais recentes produtos da gama ‘gourmet’ como filetes de atum com cebola e loureiro, sardinhas sem pele e sem espinhas, filetes de cavala ou quatro patés de sardinha, atum, salmão e cavala picante.
O casal Elvécio Souza e Marilúcia Souza é proprietário desta conserveira nacional, que introduziu no mercado, em novembro de 2013, a marca Briosa Gourmet, surgida “da necessidade e da oportunidade de seguir a tendência das conservas gourmet”.
A gama gourmet foi “uma surpresa e um êxito”, consideraram os empresários prevendo um investimento de 2,5 milhões de euros durante este ano para aumentar em 35% o número de trabalhadores, que, atualmente, são cerca de 80.
No ano de 2014, o valor total de faturação da conserveira Briosa rondou os 4,9 milhões de euros, mas este ano a previsão aponta para um aumento de 30% das receitas, devendo atingir 6,7 milhões de euros no final do ano, referiu Marilúcia Souza. A empresária acrescentou ainda que 90% do volume de negócio da conserveira é para exportação, principalmente para Inglaterra, Israel e EUA.
As conservas “gourmet”, além de apresentarem “uma maior variedade de espécies com molhos diferentes”, são produzidas segundo “um processo mais artesanal”, explicou Elvécio Souza.
OJE/Lusa
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