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Imaginarium desvanece. Empresa vai encerrar 41 das 43 lojas em Espanha

No final do ano de 2019, a empresa dava conta da implementação de um plano de reestruturação, uma vez que o capital já era negativo, mostrando-se à beira da falência.
18 Fevereiro 2021, 12h54

O sonho da cadeia de lojas Imaginarium está a desvanecer, à medida que a empresa vai encerrar 41 das 43 lojas que detém em Espanha, revela o “El País” esta quinta-feira.

A publicação revela que os últimos cinco anos se transformaram num pesadelo para a empresa, que agora se vê obrigada a reduzir a sua estrutura ao mínimo, mantendo apenas uma loja aberta em Málaga e outra em Saragoça, despedindo também 111 trabalhadores dos 144 com quem tem atualmente um contrato.

Nos últimos anos a empresa já realizou várias negociações com a equipa, que tem esperanças na sobrevivência das lojas. “Pensamos na parte financeira nos últimos anos, mas chegou a Covid que acabou por complicar a situação. O que estamos a fazer é migrar para um modelo de negócio que não depende das lojas físicas. Não fechámos, estamos em transformação”, explicou Federico Carrillo Zurcher, CEO da Imaginarium, ao “El Periódico de Aragón”.

Também em Portugal, as três lojas ainda existentes vão encerrar portas. Federico Zurcher admitiu que “em Portugal vamos fechar tudo, mas temos a esperança de voltar a ter uma lojas própria e outra em franchise”, disse o diretor-geral ao jornal.

Ainda antes da pandemia de Covid atingir, as contas da empresa já se mostravam frágeis. No final do ano de 2019, a empresa dava conta da implementação de um plano de reestruturação, uma vez que o capital já era negativo, mostrando-se à beira da falência. Em setembro de 2020, a empresa solicitou pré-falência aos credores, dado já não conseguir canalizar as dívidas.

Entre 2018 e 2019, a Imaginarium registou perdas operacionais na ordem dos 8,5 milhões de euros, melhorando faço ao ano anterior quando as contas se fixaram nos 12,4 milhões de euros negativos. De acordo com o “El País”, esta melhoria nas contas deveu-se ao encerramento de algumas lojas, que impediu a empresa de perder mais dinheiro. “Embora o volume de negócios tenha sido inferior, a margem melhorou dada a diminuição das despesas operacionais devido ao encerramento das lojas com menor rentabilidade”, explicou a Imaginarium num relatório citado pela publicação espanhola.

A empresa de brinquedos foi fundada em 1992 e durante os melhores anos foi liderada por Félix Tena, que levou a lojas a expandirem-se pelo mundo.

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