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Produção de seguros cai 18,5% em 2020

O ramo Vida apresenta um decréscimo de 34,6%, ao passo que os ramos Não Vida apresentam uma evolução positiva, com um crescimento de 3,1%, adianta a entidade reguladora do sector segurador.
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23 Fevereiro 2021, 16h47

No ano de 2020, a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal diminuiu cerca de 18,5% face a 2019, anunciou em comunicado a ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

Esta evolução reflete um comportamento distinto dos diferentes ramos no último ano: enquanto o ramo Vida apresenta um decréscimo de 34,6%, os ramos Não Vida apresentam uma evolução positiva, com um crescimento de 3,1%, adianta a entidade reguladora do sector segurador.

Nas empresas nacionais, os ramos Não Vida apresentaram um crescimento de 3,7% enquanto o ramo Vida teve um decréscimo de 35,6%. Já as sucursais de empresas da União Europeia a operar em Portugal (sucursais da UE) registaram um decréscimo de 19,2% no ramo Vida tendo a produção dos ramos Não Vida se mantido praticamente inalterada.

No mesmo período, os custos com sinistros verificaram um aumento de 15,9%, em resultado do acréscimo de 26,4% no ramo Vida. Para este crescimento foi determinante o aumento verificado no ramo Vida (26,4%), uma vez que os custos com sinistros dos ramos Não Vida diminuíram 2,3%.

Em termos de peso, os custos com sinistros das empresas nacionais representaram 93,7% do total do mercado e as sucursais os restantes 6,3 %.

Segundo o comunicado, em dezembro 2020, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF (empresas nacionais) somou 51,4 mil milhões de euros, representando um decréscimo de 3,9% face ao final do ano anterior. No mesmo período, as provisões técnicas, cujo valor foi de 44 mil milhões de euros, apresentaram um decréscimo de 5,2%.

Por sua vez, o rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade (VaR 99,5%, um ano) e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 180% “refletindo um acréscimo de dois pontos percentuais face ao final de 2019”.

No mesmo sentido, o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 534%, “refletindo um aumento de 39 pontos percentuais, face ao final do ano anterior”, adianta a ASF.

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