A economia britânica é uma das mais robustas e avançadas no mundo, e o Reino Unido continua a ser um dos destinos preferenciais para o investimento directo estrangeiro na Europa.  Estamos por isso bem posicionados para enfrentar o futuro.  Mas à medida que nos aproximamos do início formal das negociações para a nossa saída da UE, uma das principais prioridades do Governo Britânico consiste em proteger a City de Londres e o seu estatuto  incontestável como um dos centros financeiros predominantes a nível mundial.

No início desta semana, tive o prazer de receber em Lisboa o Representante Especial da City de Londres para a União Europeia. Jeremy Browne foi nomeado para este cargo em 2015, tendo sido anteriormente Deputado e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna.  No âmbito das suas funções, viaja frequentemente pela Europa para promover a ligação entre os serviços financeiros e profissionais sediados na City, e as instituições europeias e os Estados-Membros da UE.

Os números sobre a actividade da City são impressionantes. Mais de 500 empresas estrangeiras estão cotadas em Londres, representando 20% do total de empresas estrangeiras no mercado accionista. A indústria britânica de seguros é a maior da Europa e a 3ª maior do mundo. Existem 251 bancos estrangeiros com sede em Londres, que é também o principal centro das finanças islâmicas no Ocidente.

A nossa economia mantém-se forte e, em 2014, éramos a que mais crescia entre os países do G7. Em 2015, com os EUA, fomos as duas grandes economias que mais cresceram em todo o mundo. Temos uma inflação baixa e estável, a taxa de emprego mais elevada de sempre, e o nosso sistema financeiro é substancialmente mais resiliente do que era há seis anos atrás.

O Reino Unido continua a ser o principal destino europeu de investimento directo estrangeiro e o 3º a nível mundial em investimento directo estrangeiro acumulado. No Ease of Doing Business Index do Banco Mundial, ocupa o 6º lugar, o que atraiu mais de 420 mil novas empresas a estabelecerem-se no Reino Unido no ano passado. Mas reconhecemos a necessidade de continuar a melhorar e a inovar. E é por isso que estamos a investir fortemente no apoio e promoção do nosso sector das tecnologias e ‘startups’.  Acredito que, mesmo depois das negociações, Londres continuará a prosperar fora da UE, porque é em Londres que as empresas financeiras e tecnológicas, as ‘startups’ e muitas outras querem estar.

Seja em virtude de termos o IRC mais baixo do G20, seja devido a outros benefícios menos tangíveis – tais como o fuso horário, a língua, o ensino, a cultura ou o estilo de vida –, Londres e o Reino Unido continuarão “open for business” por muitos e bons anos.

A autora escreve segundo a antiga ortografia.