O Partido Social Democrata (PSD) vai votar favoravelmente a renovação do estado de emergência, apesar das críticas à atuação do Governo. O vice-presidente do PSD André Coelho Lima acusou o Executivo socialista de “proverbial ingratidão” e de “ferir a sua credibilidade” com promessas falhadas e apelou a que o Governo avance com um plano para o desconfinamento, acertado com os especialistas.
“O PSD, votando favoravelmente todos os decretos presidenciais, tem-se colocado sempre do lado daquilo que considera ser aquilo que o país precisa, apresentando a postura séria que se exige a uma oposição séria e manifestando a postura cooperante que se exige a uma alternativa credível”, disse, no debate sobre a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, na Assembleia da República.
Para André Coelho Lima, os partidos devem demonstrar “uma consistência política de auxílio ao país num momento de exceção” e ao Governo impõe “políticos de exceção”. O deputado sublinha, no entanto, que promessas como a de dar computadores a todos os alunos e avançar com a tarifa social, mostram que o Governo faz promessas aos portugueses, “sem verificar a sua exequibilidade, ferindo a sua credibilidade”.
“Por vezes, a mentira mata a democracia está aqui um bom exemplo disso mesmo. Esta não era a postura que se exigia num momento de exceção com o que vivemos”, sublinhou, dando como exemplo a promessa de dar computadores a todos os alunos tarifa social, que ainda não foram concretizadas.
Além da “impreparação e desorientação”, o deputado do PSD criticou ainda a “proverbial ingratidão” do Partido Socialista (PS) que disse estar a ignorar as propostas social-democratas, como a necessidade de se criar um plano para o desconfinamento, “plano seguro, indexado aos números dos técnicos”, ponderando-se a possibilidade de um desconfinamento por concelhos ou regiões.
“O PSD não exige qualquer desconfinamento, mas exige que o Governo governe e saiba indicar um caminho aos portugueses”, acrescentou.
O decreto presidencial é praticamente idêntico ao anterior, continuando a prever a possibilidade de serem suspensas ou limitadas as chegadas a Portugal, a mobilização de “profissionais de saúde reformados e reservistas ou que tenham obtido a sua qualificação no estrangeiro” para a prestação de cuidados de saúde, a proibição da “divulgação de saldos, promoções ou liquidações” e a proibição ou limitação das aulas presenciais.
Este é o décimo segundo estado de emergência a ser aprovado na Assembleia da República devido à pandemia de Covid-19. O Conselho de Ministros deverá anunciar ainda tarde as medidas que vão vigorar no período definido.
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