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José Bernardo: “A cibersegurança é um tema na ordem do dia”

O presidente da PwC referiu na conferência Fórum Banca 2016 promovida pelo Jornal Económico e PwC, que os bancos não podem descurar as novas tecnologias e correm o risco de ser ultrapassados pelas Fintech.
Cristina Bernardo
23 Novembro 2016, 12h10

José Bernardo, presidente da PwC, explicou, durante o painel “Negócio bancário: que desafios?”, que o sector está “marcado por diversos problemas, num contexto macroeconómico adverso”.

Perante a assistência do Fórum Banca 2016, organizado pelo Jornal Económico e pela consultora à qual preside, José Manuel Bernardo garantiu que, entre os próximos objetivos, o foco está na cibersegurança: “A cibersegurança é um tema na ordem do dia e tem de ser tida em conta”.

“Os agentes económicos, bancos incluídos, têm de se adaptar. As preocupações relevantes são a regulamentação, a tecnologia e a incerteza económica, em tempos de margens reduzidas e maior concorrência”, diz, no Salão Nobre do Ritz, o presidente da PwC.

José Bernardo explicou que o ambiente regulatório é outro dos desafios para a banca, com o “MiFID II”, Basileis III e IV e as normas IFRS9 e IFRS16. “São temas técnicos, contabilísticos, mas com impacto nos balanços dos bancos”, sublinha.

Segundo o empresário, “a maioria dos clientes privilegia o contacto com o banco, a qualidade de serviço, mas com preço adequado, boa localização das agências, horários alargados”. Ainda assim, José Bernardo esclarece que os bancos não podem descurar as novas tecnologias e correm o risco de ser ultrapassados pelas Fintech, indicando a PayPal como um exemplo.

“O componente regulatório continua a afetar a entidade bancária”, realçou também o número um da PwC.

José Manuel Bernardo referiu que, durante muito tempo, o sector bancário apresentou diversas barreiras à ofertas de novos concorrentes. De forma a combater esses obstáculos, o presidente da consultora apresentou as principais características do novo ecossistema bancário.

Esse ecossistema é caracterizado também pelas tradicionais instituições financeiras, por ‘players de infraestruturas’, pelas empresas tecnológicas e pelas startups. “Os bancos só vão sobreviver com o foco no cliente”, sublinhou.

Em relação às prioridades para o futuro, aquilo que José Bernardo destacou de início foi o modelo de negócio centrado no cliente, aquele que assegura ser “uma das principais vantagens do sistema bancário”.  Entre as metas está a “simplificação de processos, eficiência, inovação e otimização dos canais de distribuição”. O objetivo é haver uma concretaçāo na gestão do risco de crédito e na melhoria de processos internos.

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