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António Costa: PS, BE e PCP “não têm de engolir sapos”

No próximo sábado, dia 26, o atual Governo celebra um ano. O primeiro-ministro falou sobre o aniversário da “geringonça” e a relação com os chefes de Estado com quem trabalhou.
Rafael Marchante/Reuters
24 Novembro 2016, 09h37

Em entrevista à revista “Visão”, o primeiro-ministro falou sobre o funcionamento do executivo, prestes a comemorar o primeiro ano desde a tomada de posse. Em declarações à newsmagazine, António Costa refere que nenhum dos partidos que sustentam o Governo – PS, BE e PCP – “tem de engolir sapos”.

“O PCP não teve de passar a ser adepto do euro, nem o Bloco teve de passar a ser adepto do Tratado Orçamental, nem o PS teve deixar de ser o campeão da integração europeia”, acrescenta o primeiro-ministro. Na mesma ótica de relacionamentos, o governante destacou que, no caso europeu, o que importa não são tanto as relações: “Na Europa, as relações pessoais são importantes, mas o decisivo são os resultados”, afirma.

António Costa aproveitou a ocasião para referir que Wolfgang Schäuble “é uma andorinha que não faz a primavera”. Sobre o ministro das Finanças alemão, realçou que “felizmente, não marca o tom da relação que temos com as instituições europeias”.

Na perspetiva do líder do executivo, as opiniões mais recentes sobre o desempenho do Governo português “não correspondem às posições das instituições europeias nem sequer do próprio Governo alemão”.

A propósito da relação que mantém com os dois presidentes com quem trabalhou [Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa], o primeiro-ministro confessa que não tem “nada a apontar” nem a um nem a outro.

No que diz respeito à Caixa Geral de Depósitos, António Costa nega qualquer acordo que dispense os administradores de apresentarem as declarações de rendimentos e de património no Tribunal Constitucional.

Segundo adianta à revista, “o acordo com a administração da Caixa é o que está transposto para a lei que foi aprovada”. “Governar é como conduzir: se há mais trânsito, tiramos o pé do acelerador. Se há menos, carregamos um pouco mais no pedal”, sublinha o primeiro-ministro português.

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