Os principais índices norte-americanos negoceiam no vermelho, após a sessão especialmente volátil de ontem, com o dólar a continuar a desvalorizar devido à escassez de detalhes dados pelo presidente-eleito Donald Trump sobre os seus planos para estimular a economia.
O Dow Jones recua 0,73%, e afasta-se de novo dos 20.000 pontos, um evento que poderá ser o principal marco do ‘rally’ provocado por Trump, que foi eleito em novembro e prometeu reduzir a carga fiscal e apostar nas infraestruturas americanas.
O tecnológico Nasdaq perde 1,0%, e o S&P 500 desvaloriza 0,73%.
Segundo os analistas, Trump não ofereceu o que os investidores esperavam: detalhes sobre as políticas prometidas para fomentar a economia norte-americana.
“Os índices estão a negociar em queda com os investidores a refletirem sobre a conferência de imprensa de ontem de Trump”, disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercados na First Standard Financial em New York, à Reuters, referindo o facto de o magnata não ter mencionado políticas fiscais está a penalizar o dólar.
Os preços do petróleo, cujas subidas ontem compensaram a incerteza criada pela conferência de Trump, continuam em alta, animados pela expetativa de aumento da procura na China e por sinais de cumprimento dos acordos entre a OPEP e outros países produtores. A cotação desta matéria-prima também beneficia da desvalorização do dólar após as declarações do magnata republicano.
O euro aprecia-se 0,47% para 1,0633 dólares, e a libra esterlina ganha 0,38% para 1,2260 dólares.
O preço do barril de Brent sobe 2,18% para 56,30 dólares, enquanto o de Crude avança 2,22% para 53.41 dólares. De acordo com a agência Reuters, a importação de petróleo pela China vai disparar 5,3%, para cerca de oito milhões de barris por dia em 2017.
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