Um dos cenários que está em cima da mesa na pasta do Novo Banco é a sua venda parcial, em que seria alienada a maioria do capital e não a sua totalidade. A notícia foi avançada este sábado pelo “Expresso”.
O Banco de Portugal está a estudar essa hipótese, que implicaria que o Governo tivesse de pedir novamente a Bruxelas uma alteração ao ‘deadline’ para a venda (3 de agosto) e até uma redução de trabalhadores e de funcionários do Novo Banco.
“Satisfazer as exigências políticas e negociar com a Direção-Geral da Concorrência Europeia poderá implicar “uma grande dose de criatividade”, como sublinhou fonte próxima do processo de venda”, escreve o semanário, que adianta que só numa fase posterior às negociações é que se dará seguimento a esta hipótese, semelhante àquela que estava a ser negociada com o grupo Minsheng.
Neste momento, o Banco de Portugal está a tentar melhorar a oferta de compra da Lone Star e continua empenhada em que o consórcio Apollo/Centerbridge apresente uma proposta vinculativa.
Em relação ao tema, o Ministério das Finanças não confirma nem desmente: “O Governo recebeu todos os potenciais interessados, sempre a pedido dos mesmos, no âmbito do acompanhamento do processo de venda do Novo Banco”, de acordo com o que indicou o gabinete de Mário Centeno ao “Expresso”.
“Banco bom” não pode ser vendido a pequenos investidores
O Banco de Portugal não tentou uma venda do Novo Banco junto de pequenos investidores, porque a entidade bancária não pôde ser cotado em Bolsa ao retalho, adiantou ainda o semanário, na edição deste sábado.
Inicialmente, a dispersão em Bolsa do Novo Banco foi inicialmente considerada como hipótese de venda, no entanto, acabou por cair depois de a CMVM e o BCE terem impedido a sua cotação junto de pequenos investidores, permitindo a venda de ações apenas nos institucionais. As instituições consideraram significativo o risco reputacional deixado pelo BES junto do mercado de capitais.
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