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Costa anuncia que vai cumprir meta de aplicar 1.000 milhões de fundos comunitários nas empresas

“Podemos mesmo dizer, com tranquilidade e sem otimismo, que a meta que fixámos para este ano [mil milhões de euros aplicados nas empresas] é uma meta que também iremos cumprir, tal como cumprimos no ano passado”, sublinhou António Costa.
16 Janeiro 2017, 20h00

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje na Figueira da Foz que foi atingida a “velocidade de cruzeiro” na execução de fundos comunitários de apoio às empresas.

“Hoje podemos dizer que atingimos a situação de velocidade de cruzeiro na execução dos nossos fundos comunitários no que diz respeito às empresas”, afirmou o primeiro-Ministro na cerimónia de assinatura de dois contratos de investimento entre o Estado e o grupo de produção de pasta de papel Altri, no valor de 125 milhões de euros.

O primeiro-ministro recordou que Portugal chegou ao final de 2016 com “470 milhões de euros” atribuídos às empresas, através de fundos comunitários de apoio ao investimento, ultrapassando a meta definida pelo executivo de colocar 450 milhões de euros nas empresas nesse mesmo ano. “Por isso, podemos mesmo dizer, com tranquilidade e sem otimismo, que a meta que fixámos para este ano [mil milhões de euros aplicados nas empresas] é uma meta que também iremos cumprir, tal como cumprimos no ano passado”, exaltou o primeiro-ministro.

António Costa realçou que os apoios às empresas só existem porque existe por parte das empresas “vontade de investir” e que essa mesma vontade de investimento só existe “porque há confiança”. “Há boas razões para haver confiança”, disse destacando que o país “vai sair pela primeira vez do procedimento por défice excessivo”, o “quadro político estável” e os “números animadores” das exportações, “em particular nos mercados europeus”.

A cerimónia na qual António Costa discursou contou ainda com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, e do secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.

A assinatura dos dois contratos de investimento com o grupo de produção de pasta de papel Altri correspondem a investimentos de 40 milhões de euros na Celbi, unidade na Figueira da Foz, e 85 milhões de euros na Celtejo, em Vila Velha do Ródão, segundo o grupo. Paulo Fernandes, um dos dois diretores executivos do grupo Altri, disse que os contratos hoje assinados vão permitir “melhorar a competitividade e gerar eficiências”.

O responsável considerou que, com o investimento de 85 milhões, a Celtejo “passará a ser uma unidade moderna e eficiente”, enquanto a fábrica da Celbi, segunda maior produtora da Europa de pasta de papel, passará a ter o “maior e mais eficiente sistema de descasque de madeira do mundo”.

Costa disponibiliza 18 milhões na plantação de eucalipto

O Primeiro-Ministro disse que o Governo vai disponibilizar mais de 18 milhões de euros para melhorar a produtividade na plantação de eucalipto, porque “a produtividade média que temos por hectare é baixíssima e temos condições de a melhorar significativamente”, disse António Costa. Presentemente, a produção é de cinco toneladas por hectare.

Para subir significativamente a quantidade de madeira produzida por hectare, em 2017 o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural vai abrir um concurso de financiamento de mais de 18 milhões de euros exclusivamente para a melhoria da produtividade do eucalipto.

António Costa afirmou que o investimento necessário na floresta é no aumento da produtividade e “não necessariamente aumentando as áreas de qualquer tipo de povoamento”, mas através de melhor gestão, melhor ordenamento, melhores espécies e melhores condições de exploração dos terrenos.

Atingimos a velocidade de cruzeiro na execução dos nossos fundos comunitários no que diz respeito às empresas», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa, na cerimónia de assinatura de dois contratos de investimento entre o Estado e o grupo de produção de pasta de papel Altri, no valor de 125 milhões de euros, na Figueira da Foz.

O Primeiro-Ministro referiu que Portugal chegou ao final de 2016 com 470 milhões de euros atribuídos às empresas, através de fundos comunitários de apoio ao investimento, ultrapassando a meta definida pelo Governo de colocar 450 milhões de euros nas empresas no ano passado.

“Por isso, podemos mesmo dizer, com tranquilidade e sem otimismo, que a meta que fixámos para este ano, é uma meta que também iremos cumprir, tal como cumprimos no ano passado”, sublinhou. O objetivo para 2017 é aplicar mil milhões de euros no apoio ao investimento das empresas.

Os apoios às empresas só existem porque existe por parte das empresas vontade de investir e que essa mesma vontade de investimento só existe porque há confiança, disse António Costa.

E «há boas razões para haver confiança» porque Portugal «vai sair pela primeira vez do procedimento por défice excessivo», o quadro político é estável e os números das exportações são animadores, «em particular nos mercados europeus», que são os mais exigentes.

Investimento na melhoria da competitividade

A assinatura dos dois contratos de investimento com o grupo de produção de pasta de papel Altri correspondem a investimentos de 40 milhões de euros na fábrica da Figueira da Foz (Celbi), e 85 milhões de euros na fábrica de Vila Velha do Ródão (Celtejo) destinados a melhorar a competitividade, a gerar eficiências e a aumentar a capacidade.

“A fábrica da Celbi, segunda maior produtora de pasta de papel da Europa, aumentará e melhorará a eficiência do sistema de descasque de madeira, e a da Celtejo será modernizada e tornada mais eficiente”, refere o comunicado do governo.

O grupo português Altri, que tem um volume de vendas superior a 665 milhões de euros, exporta cerca de 95% da sua produção designadamente para a Europa.

A Altri possui ainda uma outra fábrica em Constância (Caima), desenvolvendo também atividade na gestão da floresta, detendo cerca de 85 mil hectares, e na produção de energia a partir da biomassa.

 

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