Mais privacidade para os utilizadores. É assim que a Google pretende abordar a estratégia em torno das pesquisas no motor de busca mais famoso do mundo. A tecnológica norte-americana esclareceu esta quarta-feira os seus planos para a publicidade personalizada, poucas semanas depois ter anunciado que irá eliminar a utilização de cookies no navegador.
Hoje, a subsidiária da Alphabet garantiu aos cibernautas que não vai utilizar outras maneiras de rastrear os utilizadores na Internet depois de pôr fim aos cookies de terceiros (dados que os websites recolhem para agregar informação de quem os consulta) no Chrome – ferramentas que alimentam a publicidade digital da marca e que, portanto, geraram dúvidas.
“Continuamos a ser questionados sobre se a Google se irá juntar a outros na indústria de tecnologia de publicidade que planeiam substituir cookies de terceiros por identificadores alternativos ao nível do utilizador. Hoje, tornamos explícito que, assim que os cookies de terceiros forem eliminados, não criaremos identificadores alternativos para monitorizar indivíduos enquanto navegam na web, nem os iremos usar nos nossos produtos”, atesta a gigante da tecnologia, num artigo publicado no blog oficial.
Assim, a Google assegura agora irá recorrer apenas a “tecnologias de preservação de privacidade”, que dependem de métodos como anonimato ou agregação de dados, porque acredita que a publicidade digital tem de evoluir para responder às crescentes preocupações das pessoas com a sua privacidade e como a sua identidade está a ser usada. Caso contrário, o próprio futuro da web gratuita e aberta fica em risco.
“À medida que a indústria se esforçou para oferecer anúncios relevantes aos consumidores em toda a web, ela criou uma proliferação de dados de utilizadores individuais em milhares de empresas, tipicamente recolhidos por meio de cookies de terceiros. E isto levou a uma erosão da confiança”, refere a empresa, em comunicado enviado à imprensa.
Segundo o estudo Pew Research Center, a maioria (72%) dos cidadãos sente que quase tudo o que faz online está a ser monitorizado por anunciantes, empresas de tecnologia ou outras empresas e uma percentagem ainda superior (81%) diz que os potenciais riscos que enfrentam por causa dos dados recolhidos são maiores do que os benefícios.
“Os nossos produtos da web serão alimentados por APIs [Application Programming Interfaces] que preservam a privacidade, que evitam o rastreamento individual e, ao mesmo tempo, proporcionam resultados para anunciantes e editores. As pessoas não deveriam ter de aceitar ser rastreadas na web para ter os benefícios da publicidade relevante. E os anunciantes não precisam rastrear consumidores individuais na web para obter os benefícios do desempenho da publicidade digital”, conclui a Google, na mesma nota.
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