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Governo quer combater escassez de recursos

João Paulo Rebelo defende uma maior participação cívica dos jovens como paradigma a seguir e uma melhor articulação entre os diversos stakeholders no combate à escassez dos recursos no desporto em Portugal.
17 Fevereiro 2017, 02h29

O secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo,  considera que o desporto tem cada vez maior peso na economia e no emprego e é uma marca global única, que promove o país. Por isso, defende que deve haver uma política transversal que envolva todos os agentes do setor.

João Paulo Rebelo defendeu esta ideia no último encontro do  International Club of Portugal (ICPT), iniciativa apoiada pelo Jornal Económico, que decorreu em Lisboa e onde marcaram presença vários presidentes de Federações Desportivas e a ex-atleta portuguesa, Rosa Mota.

“As políticas querem-se transversais”, defendeu o governante, acrescentando que o desporto é uma atividade que “pode contribuir para a realização dos objetivos” definidos pelo Executivo e que passa por estratégias de desenvolvimento e de capacitação do desporto. As primeiras, explica, envolvem o “desporto na escola” e a “a generalização da prática desportiva” nos jovens; depois vem o desporto de competição, que é outra aposta, já que “são os grandes resultados internacionais” que se querem ver; por fim, uma última dimensão que é a “economia do desporto”.

Rebelo diz que a grande aposta na capacitação é no conhecimento e nos recursos humanos, através do envolvimento das universidades e politécnicos. Defendeu que o Estado tem de ter um papel ativo neste ecossistema, porque “não haverá tão bom desporto se não houver uma participação do Estado”, mas avisou que não há “garantidamente desporto se não houver um envolvimento grande dos clubes e federações desportivas”.

Por fim, defendeu que é preciso “trabalhar ao nível dos espaços desportivos”, melhorando-os, apesar de os recursos serem “escassos”. A alternativa passa por procurar “uma melhor articulação entre os diversos stakeholders- administração pública e local, federações desportivas, clubes, escolas, associativismo e o setor privado, enquanto patrocionadores e Gold Sponsors”.
Até 2019, o Governo vai garantir um plano nacional de Juventude, instrumento político de coordenação inter-setorial de toda a política de juventude em Portugal e uma campanha a ser lançada ainda este ano, para incentivar os jovens à participação” é o paradigma, sublinha.

João Paulo Rebelo referiu, ainda, “a especialização precoce, o reduzido envolvimento parental e problemas da agenda desportiva mundial”, entenda-se, “dopagem, corrupção, manipulação dos resultados desportivos e apostas desportivas ilegais”, como os principais problemas associados ao setor.

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