O novo livro de Aníbal Cavaco Silva não poupa nas críticas a José Sócrates e revelações sobre o seu modo de governar. Nas quase 600 páginas de “Quinta-feira e Outros Dias”, mais de 300 são dedicadas ao pedido do ex-primeiro-ministro à Caixa Geral de Depósitos para conceder garantia “a uma certa empresa”, cujo nome não é revelado.
“Quando, seguidamente me contou que o Governo tinha pedido à Caixa Geral de Depósitos para que concedesse uma garantia de avultado montante para que uma certa empresa pudesse concorrer à concessão da autoestrada transmontana, percebi que não tinha tido sucesso no meu esforço didáctico sobre a afectaçãode recursos em tempo de escassez de crédito”, escreve o antigo Presidente da República. De acordo com o autor, José Sócrates afirmou que fez um pedido à Caixa Gera de Depósitos para dar garantias “de avultado montante” a essa tal firma.
Na semana passada, no discurso de lançamento do seu livro “Quinta-feira e Outros Dias”, Aníbal Cavaco Silva começa a salientar que “sempre prestei contas dos cargos públicos que exerci”, para explicar que este livro é uma prestação de contas aos portugueses.
O ex-Presidente da República refere que no livro dá “o testemunho de partes importantes na minha magistratura para que os portugueses possam fazer o seu juízo informado e esclarecido sob a forma como exerci os meus dois mandatos enquanto Presidente da República”.
Cavaco Silva no Centro Cultural de Belém disse que este livro é essencial para compreender “o tempo complexo e conturbado nos 10 anos em que exerci as funções [de Chefe de Estado
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