Catroga falava num almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, em Lisboa, sobre os desafios da globalização.
“Não interessa se temos juros a quatro por cento. O que interessa é que os juros sobem mais em Portugal do que noutros países, como Espanha e Itália. E isso vai encarecer os custos das empresas e perdemos competitividade”, afirmou.
O também presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP mostrou-se ainda preocupado com a falta de atenção ao rating da república pelas agências de notação financeira, que está no nível conhecido como “lixo” nos mercados financeiros. “A taxa de juro ainda está baixa, mas ninguém se preocupa por subir para Investment grade”, afirmou.
Para Eduardo Catroga, Portugal e a Europa estão no grupo de perdedores da atual vaga de globalização mas podem ainda transitar para o grupo de ganhadores, se levarem a cabo reformas estruturais.
“A Europa tem os motores gripados”, sublinhou o antigo ministro, para quem a Alemanha tem um potencial limitado” e Franca e Itália estão “bloqueadas”. Se a Europa não é competitiva em custos, disse, deve apostar na inovação para aumentar o potencial de crescimento, e isso implica reformas políticas, económicas e orçamentais.
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