O Conselho de Supervisão da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) impediu um negócio que o banco estaria prestes a concluir que passava pela criação de uma sociedade veículo, a Vogais Dinâmicas SA, que iria ficar responsável pela aquisição de 19% da sociedade Almina SGPS, SA (o equivalente a cerca de 93 milhões de euros).
A notícia foi avançada esta segunda-feira pelo “Diário de Notícias” e indica que a consultora KPMG, revisor oficial de contas do Montepio, e o Conselho de Supervisão da entidade bancária questionaram-se sobre a operação e impediram a sua continuação.
Ao que o jornal apurou, o objetivo seria comprar 19% da Almina SGPS, detidos pelo Montepio, através da Vogais Dinâmicas. A operação, financiada pelo banco, aconteceria depois da reestruturação financeira do grupo Martifer, envolveria 93 milhões de euros e chegou a ser concretizada, segundo um relatório do Departamento de Riscos Globais/Direção de Risco da CEMG consultado pelo DN.
A Vogais Dinâmicas, criada no dia 29 de setembro do ano passado, chegou ainda a ser considerada empresa participada Relatório e Contas da CEMG do terceiro trimestre de 2016.
Carlos Martins, um dos proprietários da Martifer, confirmou ao DN que o negócio foi estudado e que não prosseguiu, acrescentando que “neste momento, a I’M Mining [ex-Almina SGPS] é do grupo Martifer e o Montepio mantém os 19%”. Quanto ao CEMG, optou por não fazer comentários a operações comerciais mas assegurou que o lucro do banco nada teve que ver com o negócio em questão.
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