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Centeno admite que impacto da recapitalização da CGD no défice é “assunto em aberto”

Ministro das Finanças diz que o impacto da recapitalização do banco público no défice orçamental está a ser acompanhado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e pelo Eurostat.
Jose Manuel Ribeiro/Reuters
13 Abril 2017, 17h56

O ministro das Finanças, Mário Centeno, informou que o impacto que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode ter no défice “é um assunto em aberto” que vai ser acompanhado pelo Instituto Nacional de Estatística e o Eurostat.

“É uma situação que está em análise com o Instituto Nacional de Estatística e numa segunda fase com o Eurostat. É um assunto que está em aberto, o impacto que esta recapitalização possa ter nas contas públicas. O Governo tem trabalhado, juntamente com estas instituições, no sentido de clarificar a situação e de se poder ter uma decisão”, disse o ministro, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira, citado pela Lusa.

Centeno sublinhou a aprovação de recapitalização pela Comissão Europeia “sem ajudas de Estado adicionais, cumprindo aquilo que é o princípio de investimento em condições de mercado” e “nunca antes a capitalização de um banco público na União Europeia tinha sido feito nestas condições”.

“Estes números não registam nenhum impacto que possa vir a ser determinado, coisa que ainda não está feita, da capitalização”, sustentou, acrescentando que “o Governo nunca iria colocar em causa a capitalização da Caixa por motivos que não tivessem a ver estritamente com a própria Caixa”.

No relatório após quinta avaliação pós-programa, lançado em março, a Comissão Europeia alertou que o processo de recapitalização da CGD pode ter impacto nas contas orçamentais de 2017.

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