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Taxistas fundam aliança europeia

URI (itália), ANTRAL (Portugal) e FEDETAXI (Espanha) são as associações fundadoras da TaxiEurope Alliance, uma associação europeia de taxistas que pretende combater empresas como a Uber, com o intuito de criar um mercado “verdadeiramente europeu”, com regras iguais para todos os intervenientes.
27 Abril 2017, 15h57

As associações de taxistas ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros), FEDETAXI (Federación Española del Taxi) e URI (Unione dei Radiotaxi d’Italia), que representam mais de 100.000 taxistas nestes três países, uniram-se para criar a TaxiEurope Alliance (TEA), que foi apresentada oficialmente em Bruxelas a 26 de abril, na sala de imprensa do Parlamento Europeu. A presidência da associação foi assumida por Miguel Ángel Leal, presidente da FEDETAXI, cabendo a Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL, e a Loreno Bittarelli, presidente da URI, os cargos de vice-presidente.

De acordo com o seu manifesto, o objetivo da TEA é o de promover, a nível europeu, todas as questões de caráter social, económico, financeiro e profissional relacionadas com o táxi, bem como a sua representação junto das instituições europeias e organismos internacionais.  “A nossa organização nasce em pleno debate sobre a regulamentação da mobilidade urbana, a digitalização da economia e debaixo dos efeitos perturbadores da entrada de novos atores no mercado, que, disfarçados de empresas de economia colaborativa, irrompem no mercado com um modelo de negócio que colide com o dos operadores tradicionais. A TaxiEurope Alliance procura simplificar o diálogo com as instituições europeias e adiantar-se, com espírito construtivo, aos futuros desafios legislativos, ao mesmo tempo que apelamos às associações dos restantes estados-membros que se unam a esta aliança”, assegura Miguel Ángel Leal.

O logótipo da associação europeia de taxistas.

O presidente da TEA continuou, declarando que “acha a competição importante, porque inspira melhorias no setor”, mas que a associação pediria à Comissão Europeia que forçasse empresas como a Uber ou a Cabify a cumprir as mesmas regras laborais e de pagamento de impostos que os táxis são obrigados a cumprir, algo que “as plataformas que competem connosco não cumprem”, como repara Leal. “Não podemos concorrer com as novas plataformas a operar no mercado. Elas não são regulamentadas.”, diz Florêncio de Almeida: “A menos que elas sejam reguladas, como é que conseguimos competir?”

Além da luta pela regulação das plataformas móveis, a TEA propõe-se a promover formação e um standard de boas práticas entre os profissionais da indústria, bem como apoiar as regulações de sustentabilidade, no caminho para a inclusão de táxis elétricos. Outro dos seus objetivos anunciados é o de renovar o modelo tradicional do táxi, com o intuito de combater a privatização da indústria de táxi, fruto do aumento de popularidade de empresas como a Uber.

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