As associações de taxistas ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros), FEDETAXI (Federación Española del Taxi) e URI (Unione dei Radiotaxi d’Italia), que representam mais de 100.000 taxistas nestes três países, uniram-se para criar a TaxiEurope Alliance (TEA), que foi apresentada oficialmente em Bruxelas a 26 de abril, na sala de imprensa do Parlamento Europeu. A presidência da associação foi assumida por Miguel Ángel Leal, presidente da FEDETAXI, cabendo a Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL, e a Loreno Bittarelli, presidente da URI, os cargos de vice-presidente.
De acordo com o seu manifesto, o objetivo da TEA é o de promover, a nível europeu, todas as questões de caráter social, económico, financeiro e profissional relacionadas com o táxi, bem como a sua representação junto das instituições europeias e organismos internacionais. “A nossa organização nasce em pleno debate sobre a regulamentação da mobilidade urbana, a digitalização da economia e debaixo dos efeitos perturbadores da entrada de novos atores no mercado, que, disfarçados de empresas de economia colaborativa, irrompem no mercado com um modelo de negócio que colide com o dos operadores tradicionais. A TaxiEurope Alliance procura simplificar o diálogo com as instituições europeias e adiantar-se, com espírito construtivo, aos futuros desafios legislativos, ao mesmo tempo que apelamos às associações dos restantes estados-membros que se unam a esta aliança”, assegura Miguel Ángel Leal.
O presidente da TEA continuou, declarando que “acha a competição importante, porque inspira melhorias no setor”, mas que a associação pediria à Comissão Europeia que forçasse empresas como a Uber ou a Cabify a cumprir as mesmas regras laborais e de pagamento de impostos que os táxis são obrigados a cumprir, algo que “as plataformas que competem connosco não cumprem”, como repara Leal. “Não podemos concorrer com as novas plataformas a operar no mercado. Elas não são regulamentadas.”, diz Florêncio de Almeida: “A menos que elas sejam reguladas, como é que conseguimos competir?”
Além da luta pela regulação das plataformas móveis, a TEA propõe-se a promover formação e um standard de boas práticas entre os profissionais da indústria, bem como apoiar as regulações de sustentabilidade, no caminho para a inclusão de táxis elétricos. Outro dos seus objetivos anunciados é o de renovar o modelo tradicional do táxi, com o intuito de combater a privatização da indústria de táxi, fruto do aumento de popularidade de empresas como a Uber.
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