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360 ‘elétricos’ vão chegar às autarquias: Governo investe 5,2 milhões de euros

O Governo anunciou hoje um investimento de cerca de 5,2 milhões de euros na aquisição de 360 veículos elétricos, que servirão 117 autarquias. O ministro do Ambiente anunciou ainda que o Fundo Ambiental investirá cerca de um quarto das suas receitas na mobilidade.
Mark Blinch / Reuters
23 Maio 2017, 15h46

Foram hoje assinados em Porto de Mós, no Distrito de Leiria, os contratos de financiamento de aquisição de 360 veículos elétricos, que ficarão ao serviço de 117 autarquias. À margem da cerimónia, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, disse à Lusa que estes 360 veículos correspondem a “um investimento de quase 20 milhões de euros”, que será comparticipado pelo Fundo Ambiental em “cerca de 5,2 milhões de euros”. O ministro explicou ainda que o Governo comparticipa “com uma percentagem maior aquilo que são os veículos mais técnicos, como as varredouras e as máquinas para lavar as ruas”.

O governante declarou ainda que serão instalados 150 novos carregadores de veículos elétricos, e que, até 2030, Portugal tem de reduzir em 26% as suas emissões de carbono, o que, “naturalmente, passa por uma utilização maior quer de meios suaves de deslocação quer do transporte coletivo. O dia-a-dia que temos, muitas vezes, já não nos permite abandonar o transporte individual. E se temos de o utilizar, ele que seja elétrico”, disse João Pedro Matos Fernandes.

Além disso, o ministro do Ambiente fez saber que um pouco mais de um quarto do Fundo Ambiental, este ano, vai se destinado à mobilidade e que o valor do investimento se deverá manter nos próximos anos: “Reservar um quarto destes cerca de 150 a 160 milhões de euros de receitas que o Fundo tem por ano à mobilidade parece-nos uma boa média”.

Sublinhando que “descarbonização é a palavra-chave deste Governo”, o governante considerou ser importante a “articulação entre o governo central e o governo local”, uma vez que “sem as autarquias não há política ambiental”. Por isso, João Pedro Matos Fernandes considerou “positiva” a apresentação de 119 candidaturas (duas não foram aprovadas), em tão pouco tempo, tendo mesmo tal resultado sido surpreendente, pela positiva: “Foi mesmo um número que nos surpreendeu muito pela positiva. Num primeiro ano, um terço das autarquias ter aderido, estamos muito contentes com o sucesso que este projeto teve”.

João Pedro Matos Fernandes afirmou ainda à Lusa que a “componente ambiental é hoje um fator de valorização das estratégias municipais” e um “gerador de oportunidades”.

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