Nesta designada “Operação David Lynch”, o cinema estreou ontem o documentário David Lynch: The Art Life. Trata-se de uma viagem pelos anos de formação do cineasta, retratando a arte, a música e os primeiros filmes do realizador. O espectador é convidado a conhecer o estúdio de Lynch nas montanhas acima de Hollywood, enquanto este conta histórias pessoais do passado e liga caa uma delas a diversas cenas dos seus filmes.
O documentário é dedicado à filha mais nova de Lynch e a realização é assinada por Jon Nguyen, Rick Barnes e Olivia Neergaard-Holm, com recurso a imagens de arquivo e entrevistas feitas ao longo de vários anos.
O filme acompanha o crescimento e a infância “nômada” do cineasta nas zonas rurais de Montana e Idaho, a mudança para Filadélfia e os estudos na Academia de Belas Artes, com o objetivo de seguir uma carreira como pintor, até ao momento em que decide lançar-se na produção de Eraserhead, o filme que o pôs pela primeira no radar do meio cinematográfico.
Segue-se Los Angeles, onde inicia a carreira cinematográfica. Nesta fase abordam-se os medos, os equívocos e as lutas que Lynch acaba por superar, e ficamos a conhecer as pessoas que moldaram a sua personalidade. O cineasta também fala sobre os seus primeiros filmes revolucionários em The Art Life, que o próprio e Nguyen chamam de “autobiografia particular”.
A estreia do documentário no cinema Ideal será acompanhada por um programa de curtas-metragens inéditas e pela reposição das obras primas Twin Peaks: Fire Walk with Me e Mulholland Drive, restaurado em 4K. Uma oportunidade para rever no grande écran as obras maiores de Lynch e para deliciar-se com a panóplia de personagens bizarras do universo Lynch. O regresso da série Twin Peaks aos ecrãs de televisão não passou despercebido ao cinema Ideal, em Lisboa, que apresenta um ciclo dedicado ao cineasta de culto norte-americano.
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