Como se posiciona a Kelley Blue Book no mercado português?
A Kelley Blue Book posiciona-se tanto no mercado do consumidor como na forma de uma solução de apoio à indústria. Dan Ingle, o nosso vice-presidente para os Negócios Internacionais tem uma frase que espelha o nosso posicionamento: “Gostamos de pensar na KBB como a Suíça do mundo automóvel”. Não queremos estar mais perto dos consumidores nem beneficiar os dealers de usados ou as marcas. Queremos espelhar o que vemos no mercado. É este posicionamento e a nossa relevância para os consumidores que nos vai permitir influenciar o mercado de uma forma que faça sentido e permita acelerar os negócios. A nossa esperança é poder tirar o preço do caminho do processo negocial mais cedo, para facilitar este alinhamento de expectativas.
Sabemos que o mercado e a indústria assumem, por vezes, que estes produtos são polémicos, porque vêm mexer com a transparência do mercado. Mas a nossa ideia é suportar todo o ecossistema automóvel, permitindo ao mesmo tempo que os consumidores interajam melhor com o mercado, porque achamos que o futuro está no digital. Acreditamos que esta é uma ponte necessária para que a transição para o digital seja feita num tom de aceleração das transações.
Como se rentabiliza este projeto?
Atualmente, assentamos a nossa rentabilização do negócio na publicidade. Nos EUA, quando se passou o negócio a digital, as avaliações eram cobradas, mas rapidamente percebemos que, pelo volume de pedidos que chegavam ao site, este não era o melhor caminho. Por isso, optámos por ganhar dinheiro apenas com publicidade, mas vendida de modo muito contextual, ou seja, segmentando-a ao máximo. Temos também aquilo a que chamamos Loyalty Packs, ou seja, em todas as páginas de uma pesquisa por determinada marca, só mostramos anúncios daquela marca, impedindo que outras venham canibalizar um possível negócio.
Outro serviço que disponibilizamos às marcas são os nossos relatórios de análise, que poderão dizer a uma marca quais os modelos que estão a ser pesquisados pelos clientes enquanto pesquisam o seu modelo, em que podem ser uma fonte de receitas no futuro, e ainda a ferramenta que estamos prestes a lançar para a indústria, que é paga.
Quais as vossas projeções de faturação?
Dar uma previsão de faturação é mais complicado, pois a existência de publicidade no site e de ferramentas para a indústria, aliada à necessidade sentida nestes primeiros meses de conseguir colocar na cabeça do mercado a forma como podemos comunicar, implica uma certa “evangelização” do nosso conceito. Portanto, quanto a faturação, não arriscamos já um número, por estas condicionantes. Claro que temos o nosso plano de negócios, que tentaremos cumprir, mas a ideia passa pelo facto de esta ser uma nova forma de fazer negócio e tal pressupõe algum ajustamento de quem quer anunciar no nosso site.
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