Volvo: Aventura sueca com tração total

Nasceu um premium de tração total. É a nova série 90 da Volvo. O construtor sueco apostou tudo na aventura, na natureza, na alegria e no conforto e assim nasce o V90 todo o terreno. Um carro “musculado”, mas incomparavelmente superior aos demais no seu segmento. O conforto é total e a capacidade de motor é assinalável.

O D5 experimentado anuncia um consumo combinado de 5,1 litros aos 100 Km, mas o melhor que conseguimos foram 7,8 l/100 Km. Não que tenhamos um “pé pesado”, mas a preocupação foi experimentar por circuito urbano, estradas nacionais e autoestradas, e a sensação final em qualquer circuito foi excelente. Ao nível da mobilidade, o destaque vai para a circulação durante a noite. Iporta dizer que, no Alentejo profundo e de cor breu, a iluminação Led faz toda a diferença. A noite transforma-se em dia e a segurança assume um outro nível.

Com uma cilindrada de quase 2000 cm3 e uma potência de 235 cv, a aceleração dos 0 aos 100 Km/h é feita em 7,5 segundos, o que é assinalável para um veículo pesado – cerca de 2440 Kg –, e a velocidade máxima anunciada – mas não testada – é de 230 Km/h. De realçar a capacidade do tanque de combustível, o qual permite fazer cerca de 900 km, o que começa a ser pouco comum, pois os construtores tendem a reduzir a capacidade de transporte de combustível para reduzir o peso final. Em todo o caso, esta autonomia é muito interessante para quem viaja pelo interior e fora das horas de expediente. Dá conforto e segurança. Com uma caixa de velocidades automática de oito posições, o desenvolvimento do motor é silencioso, rápido e confortável.

Este é um carro para viajar, sobretudo em longas distâncias, e se apanhar terra batida ou piso irregular, a sensação é ainda melhor. E não é de estranhar, pois estamos perante um veículo de tração integral, que permite uma aderência espetacular em qualquer tipo de estrada. O consumo é naturalmente penalizado, mas o resultado final é de um carro premium. Depois vem todo o outro conforto, que obriga a pagar mais uns extras. Para quem pode a opção é fácil. Desde logo, o som. São mais quatro mil euros pelo “Business connected premium sound”, mas vale mesmo a pena. E depois mais dois mil euros de opções com o sistema “Blis”, uma inovação da Volvo de há muitos anos, que depois todos copiaram e que não é mais do que um aviso de ângulo morto nos retrovisores. O smartphone integrado faz falta, assim como o sistema de assistência, o Volvo on Call. No futuro próximo, todos os veículos terão obrigatoriamente este sistema mas, por enquanto, ainda é uma opção. O Cross Country é a expressão da Volvo mais genuína.