[weglot_switcher]

Peugeot opera revolução no 308

É uma verdadeira revolução. A Peugeot não se limitou a refrescar as linhas do 308: dotou-o de novos materiais, tecnologias e até motores. Chega em setembro e os preços iniciam-se nos 23 mil euros.
22 Junho 2017, 18h36

Quatro anos depois do seu lançamento, o Peugeot 308 foi alvo de um restyling de meio de ciclo. Mas a Peugeot aproveitou a ocasião para criar um modelo praticamente novo, com alterações levadas a cabo tanto no que respeita à estética como também na dotação de equipamento e nas motorizações. Neste particular são duas as novidades, ambas Diesel: 1.5 BlueHDi de 130 cv e 2.0 BlueHDi de 180 cv, que traz acoplada uma segunda novidade, uma nova caixa automática de oito relações.

Nas estradas alpinas da região fronteiriça austro-alemã, tivemos oportunidade de tomar contacto com ambos e ficámos mais impressionados pela boa resposta e performance do dois litros do que com aquela que seria a maior novidade: o 1.5, que acabará com o reinado do 1.6 quando chegar ao mercado, no final deste ano. Apesar de mais pequeno, os 10 cv extra de potência fazem a diferença num modelo claramente mais vocacionado para rolar em estrada aberta do que para a condução empenhada. Não que deixe o condutor em maus lençóis nas subidas mais íngremes, mas obriga a recorrer mais vezes à caixa manual de seis relações que o acompanha, ela própria bem escalonada e com um bom funcionamento. Mais leve e compacta que a anterior, ajuda o conjunto a conseguir uma redução de entre 4% e 6% nos consumos, conforme anuncia a Peugeot.

Já o 2.0 BlueHDi parece ter sido feito de propósito para este tipo de traçados sinuosos. A entrega de potência é suave mas progressiva e sempre que o pé direito pede, o motor responde sem dificultar. O mesmo já não se pode dizer da solução encontrada para as patilhas que comandam a caixa automática. Com estão fixas na coluna de direção e não acompanham o volante, dificultam a operação nas curvas mais apertadas. Estreada no bloco de 2,0 litros, esta nova caixa automática faz parte do esforço da Peugeot para conseguir uma maior eficiência energética e cumprir antecipadamente as normas Euro 6.C de emissões, que entrarão em vigor em 2020.

A nova caixa, com designação EAT 8, anuncia uma redução de consumos de 7% face à que substitui, a EAT 6, sendo também 2 kg mais leve que a anterior. A partir de 2018 será incorporada noutros modelos da marca francesa.

Forma e função
Não foi só debaixo do capot que a Peugeot operou a (r)evolução do 308. Com proporções mais musculadas, o modelo francês apresenta agora uma nova seção dianteira, em linha com o restante da gama, ostentando a uma grelha dianteira que se assemelha à do 3008. O capot acompanha a evolução da grelha, mais vertical, tal como fazem os para-choques, agora de aspeto mais robusto e com três generosas entradas de ar. A abertura do depósito de combustível também foi revista, abandonando o formato circular para adotar uma forma retangular, para acolher o bocal de abastecimento de AdBlue (todos os motores passam a ter filtro de partículas, tanto os Diesel como os gasolina).

A assinatura luminosa também foi revista e é a mesma que o resto da “família” Peugeot, com as luzes diurnas por LED a assumir protagonismo. Na traseira, os LED dominam a totalidade dos faróis. Destaque para a assinatura permanente de três “garras”, para vincar a imagem da marca e aumentar a visibilidade.

Por dentro, a aposta da casa de Sochaux é na qualidade. Os revestimentos são agradáveis ao toque, os bancos são ergonómicos e os comandos estão bem distribuídos. No “novo” 308 mantém-se também o i-Cockpit e o volante de dimensões reduzidas, soluções que sozinhas são muito bem-vindas, mas que em conjunto continuam a apresentar problemas de visualização a muitos condutores.

Tecnologia em alta
O mesmo problema não afeta o novo ecrã tátil de 9,7” que comanda a navegação e o infoentretenimento e é a face mais visível da aposta tecnológica da Peugeot neste 308, como é exemplo o sistema Shift and Park by Wire, aplicado na alavanca de comando da caixa de velocidades automática. Este sistema, que gere o funcionamento da caixa através de impulsos elétricos, assegura a travagem automática do veículo sempre que é desligado, não sendo preciso acionar o travão elétrico.

Além destes pequenos bónus, a grande aposta da marca é nas tecnologias de apoio à condução. Provenientes de modelos de segmentos superiores, como o 3008 ou o 5008, provam a inexorável democratização de sistemas como o aviso de colisão frontal com travagem automática de emergência, um da extensa lista ao dispor do 308. Os restantes são o alerta de transposição de faixa com correção automática da trajetória (funciona a partir dos 65 km/h); a deteção da atenção do condutor; o assistente de máximos e o reconhecimento dos sinais de trânsito. Destaque ainda para a câmara traseira de 180º Visiopark e para o sistema Park Assist de ajuda ao estacionamento.

Do leque de ajudas ao condutor fazem ainda parte a monitorização do ângulo morto e o cruise-control adaptativo, que também traz novidades. Além de ajustar a velocidade por forma a manter a distância para o veículo da frente, nos modelos equipados com caixa automática, o sistema é capaz de travar totalmente o veículo, se tal for necessário. O mesmo não acontece nos modelos equipados com caixa manual, mas agora já é possível trocar a relação de caixa sem que tal afete a programação do sistema.

Em Portugal em setembro
Proposto em Portugal a partir de setembro nas variantes Station Wagon e hatchback (responsável por 40% das vendas do 308 até ao fim de abril), o renovado 308 terá uma estrutura de preços que revela a aposta da marca nas motorizações a gasolina. Apesar das alterações estéticas e de equipamento, apenas os modelos munidos de motores Diesel ficam mais caros, variando o preço num máximo de mais 400€. Pelo contrário, os modelos a gasolina apresentam sempre uma descida de preço, que oscila entre os 760€ e os 960€. A maior descida ocorre no nível Active, aquele em que a marca mais aposta.

Não só tem a maior descida entre os gasolina como o preço do Diesel não se altera face ao anterior (é o único em que tal acontece). É também no nível Active que se concentrarão as maiores novidades em termos de equipamento de série, já que é este o nível de equipamento mais escolhido pelos clientes da Peugeot.

Assim, o acesso à gama de cinco portas é feito através do 1.2 PureTech de 110 cv com nível Access, proposto desde 23 mil euros. O Diesel mais barato é o 1.6 BlueHDi de 100 cv, também no nível Access, desde 25.740 euros. Os preços do GT começam nos 34.290€ do 1.6 e-THP de 205 cv e o GTi é proposto desde 42.450€. As variantes SW (exceto GTi) implicam o acréscimo de 950€.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.