Os CEOs mundiais continuam confiantes na evolução da economia global. A conclusão é do “2017 Global CEO Outlook”, um estudo da KPMG Internacional, lançado esta quinta-feira.
Mais de seis em dez gestores (65%) encaram a disrupção como uma oportunidade, e não como uma ameaça, para o negócio, sendo que três em quatro indicam que a empresa pretende ser disruptiva no seu setor de atividade.
“A disrupção é hoje uma realidade para CEOs e empresas, à medida que a incerteza aumenta,” diz John Veihmeyer, Global Chairman da KPMG, acrescentando que “a maioria dos líderes encara a disrupção como uma oportunidade para transformar os modelos de negócio, desenvolver novos produtos e serviços, e reformular o negócio com sucesso. Face aos novos desafios e incertezas, os CEOs sentem-se impelidos a ‘inovar e crescer’”.
O CEOs ouvidos continuam confiantes em relação às perspectivas da economia global, ainda que com um optimismo mais moderado que no ano passado (80%).
Segundo o estudo, cerca de 83% dos líderes empresariais ouvidos estão confiantes no que concerne às perspetivas de crescimento da sua empresa nos próximos três anos e 47% estão mesmo muito confiantes.
“Os CEOs compreendem que rapidez e inovação são prioridades estratégicas para crescer num contexto de incerteza,” diz John Veihmeyer. “Simultaneamente, são pragmáticos na gestão da incerteza, o que inclui fortalecer o negócio nos mercados existentes, de forma a protegerem os seus resultados enquanto procuram tirar partido de novas oportunidades.”
O estudo identificou ainda que as alterações geopolíticas é um dos principais aspectos a que os gestores atentam, sendo que 43% diz-se a reavaliar a presença geográfica da empresa como consequência das alterações ao ritmo da globalização e protecionismo. Somando a este cenário, 52% acredita que o ambiente político tem agora um maior impacto na organização face ao observado em períodos anteriores.
No que concerne às preocupações prioritárias, o risco reputacional figura no agora no topo das agendas, quando em 2016 não entrava no Top 10.
Os desafios tecnológicos são também contemplados pela análise e 58% dos CEOs espera que as tecnologias cognitivas aumentem o número de colaboradores em 10 funções-chave.
“Existe a expectativa de que serão necessários mais colaboradores especializados, pelo menos a curto prazo. Isto sugere que a experiência do cliente, mais do que a redução de custos, é tida como o principal motor para a aplicação de tecnologias cognitivas”, aponta o estudo.
Contudo, a percentagem de gestores que espera aumentar o quadro de pessoal cai para 47% face a 2016, quando fixava 73%.
No estudo foram entrevistados um total de 1261 CEOs a nível mundial, de 10 locais distintos e 11 indústrias, um terço das empresas incluídas apresenta ganhos anuais superiores a 10 mil milhões de dólares.
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