O pacote de apoio de à economia anunciado na semana passada vai ser financiado em parte pelo REACT-EU (Assistência de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa), adiantou esta quarta-feira o ministro do Planeamento Nelson de Souza, no webinar sobre fundos europeus promovido pela consultora PwC e pelo Jornal Económico. Este programa terá 1,2 mil milhões de euros dos dois mil milhões de euros diretamente alocados em apoios às empresas.
“Aquilo que vai suceder é que muitos dos apoios à emergência, nomeadamente do regime do Apoiar vão ser financiados através do REACT e também alguns outros, nomeadamente aqueles que foram anunciados na passada sexta-feira. Vão ser através do REACT”, disse o governante no webinar, com transmissão a 17 de março através da plataforma JE TV, onde continua disponível.
O programa REACT-EU é uma das iniciativas acordadas no âmbito da resposta à crise europeia, cujas verbas são distribuídas quer através do Next Generation EU, quer do atual quadro financeiro, e que apesar de, segundo o responsável governativo, ainda estar em negociações, terá 1,2 mil milhões de euros dos dois mil milhões de euros “diretamente alocados em apoios às empresas”.
Nelson de Souza explicou que “o REACT é um instrumento mais de apoio à emergência, pode ser utilizado como tal”.
O Governo anunciou na sexta-feira um pacote de apoio à economia no valor de sete mil milhões de euros, 1.160 milhões dos quais a fundo perdido. Entre as medidas de apoio às empresas e ao emprego conta-se o prolongamento do apoio extraordinário à retoma progressiva até 30 de setembro, o alargamento do lay-off simplificado a atividades afetadas pelo confinamento e o alargamento dos apoios a fundo perdido no âmbito dos programas “Apoiar” e “Apoiar Rendas”.
A intervenção de abertura do webinar sobre Fundos Europeus foi feita pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza, seguindo-se uma intervenção de Pedro Deus, Global Incentives Solutions Partner da PwC. O debate contou com a presença de Nuno Mangas, presidente do Compete 2020; António Saraiva, presidente da CIP; Ana Isabel Coelho, vogal do IEFP – Instituto do Emprego e da Formação Profissional; e Duarte de Jesus Rodrigues, vice-presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.
(Título corrigido às 17h46)
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