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Dívida do Estado às farmacêuticas subiu 18,5% nos primeiros cinco meses do ano

Dívida vencida aumentou mais de 27%, para o valor mais alto desde novembro do ano passado. Ministério da Saúde tinha prometido pagamentos extraordinário em maio, mas não cumpriu.
28 Junho 2017, 07h10

A dívida dos hospitais públicos às empresas farmacêuticas aumentou 18,5% nos primeiros cinco meses por ano, para 924,3 milhões de euros, o mais alto valor desde novembro do ano passado, segundo os dados da Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.

Do valor registado em maio, 661,8 milhões de euros dizem respeito a dívida vencida – contas cujo prazo de pagamento de pagamento já expirou há mais de 90 dias –, o que representa uma subida de 27,8% relativamente ao valor apurado no final do ano passado.

Em maio, face a abril, o aumento da dívida global foi de 1,6%, enquanto o da dívida vencida foi de 1,9%.

Ao contrário do ano passado, em que a tendência de aumento, tanto da dívida global dos hospitais como da dívida, foi quebrada em abril, com uma redução do valor em dívida, este ano, tal não aconteceu.

O Ministério da Saúde tinha-se comprometido, em março, a reduzir em 200 milhões de euros a dívida global dos hospitais à indústria farmacêutica até maio, o que não foi cumprido.

No final de fevereiro, a dívida vencida era de 597,9 milhões de euros e a dívida total de 844,6 milhões de euros.

Depois de ter chegado a 926,6 milhões de euros, em novembro, a dívida total dos hospitais públicos à indústria farmacêutica caiu 15,8%, para 779,9 milhões de euros, fechando o ano abaixo dos 800 milhões de euros, o que aconteceu pela primeira vez desde julho.

O processo de pagamento da dívida vencida foi feito a um ritmo ainda mais forte, registando uma quebra de 24,5%, para 517,8 milhões de euros.

No entanto, este processo de regularização foi sol de pouca dura: a dívida vencida subiu 8,6% logo em Janeiro e cresceu em todos os meses do ano, ultrapassando a fasquia dos 600 milhões de euros em março; a dívida total voltou a galgar os 800 milhões de euros logo em janeiro, agravando-se 3,6%, para 808 milhões de euros, e continuou a subia todos os meses, ultrapassando a fasquia dos 900 milhões de euros em abril.

Em termos homólogos (face a igual mês do ano anterior), a dívida total cresceu 24,2% em maio, enquanto a dívida vencida subiu 40,5%.

 

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