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Medina Carreira: o fiscalista que trabalhou na fundição de aço

Passou duas vezes pelo Governo, apoiou a candidatura de Cavaco Silva e era um crítico das finanças públicas portuguesas. Medina Carreira morreu esta segunda-feira num hospital em Lisboa, vitima de doença prolongada. Tinha 85 anos.
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3 Julho 2017, 21h40

Depois de ter saído dos Pupilos do Exército, aos 20 anos, e de ter concluído o bacharelaro em Engenharia Mecânica, Medina Carreira, ex-ministro das Finanças e fiscalista, andava à procura de um emprego. Encontrou-o na CUF do Barreiro, onde trabalhou na fundição de aço. Desempenhou esta tarefa durante três anos e dali levou ensinamentos para a vida.

A pontualidade, a disciplina e a necessidade de ser “desenrascado” foram características que o seguiram desde sempre. No plano político, exerceu o cargo de Subsecretário de Estado do Orçamento, durante o VI Governo Provisório (1975-1976), o qual deixou de exercer para assumir, logo de seguida, as funções de Ministro das Finanças do I Governo Constitucional (1976-1978).

Em 1978 abandona o PS, por divergências quanto à política económica adotada pelo partido no poder. Em 2006 apoiou publicamente a candidatura de Aníbal Cavaco Silva à Presidência da República.

Desempenhou ainda outras funções, como as de membro do Conselho Superior dos Tribunais Administrativo ou vogal do Conselho de Administração da Expo’98.

Nascido em Bissau, capital da Guiné, a 14 de Janeiro de 1931, filho de António Barbosa Carreira, historiador, e de Carmen Medina Carreira. Casou duas vezes e deixa uma filha, Paula, do primeiro casamento.
Nos últimos anos era a referência do programa “Olhos nos Olhos” emitido pela TVI 24.

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