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Fernando Medina: “Dizer que há turismo a mais em Lisboa é uma visão simplista”

“Tal como é simplista dizer que não é preciso adaptar a cidade ao crescimento turístico na ordem de dois dígitos,” ressalva o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e candidato ao mesmo cargo. Sobre o alojamento local, Medina critica proposta do PS e alerta: “Não se pode fazer política negligenciando o impacto económico das decisões que se tomam.”
Cristina Bernardo
11 Julho 2017, 07h17

Foi a declaração de Fernando Medina que mais aplausos suscitou da audiência, ontem, em mais um almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal. Questionado sobre a profusão de alojamento local no centro histórico da cidade de Lisboa, Medina criticou o projeto de lei apresentado por deputados do PS que visa colocar o processo de autorização de alojamento local na esfera das assembleias de condóminos. “Não concordo com a proposta do PS que basicamente iria acabar com o alojamento local. O alojamento local foi uma importante fonte de rendimento para as pessoas durante a crise, que assim não perderam as suas casas. Não se pode fazer política negligenciando o impacto económico das decisões que se tomam.”

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e candidato ao mesmo cargo realçou que o setor turístico “vale 6,3 mil milhões de euros na economia da cidade, o que equivale a quatro vezes o setor do calçado em Portugal e três vezes a Autoeuropa.” Como tal, defendeu que “se uma coisa está a correr bem, temos que deixá-la correr bem, não vamos acabar com ela.” Para Medina, “dizer que há turismo a mais em Lisboa é uma visão simplista, tal como é simplista dizer que não é preciso adaptar a cidade ao crescimento turístico na ordem de dois dígitos,” pelo que defende “um meio termo” que corrija os “desequilíbrios” gerados pelo crescimento turístico exponencial dos últimos anos. E enalteceu também a taxa turística que diz estar a ser direcionada para obras como a reabilitação da estação fluvial do Terreiro do Paço, a construção de um miradouro na ponte 25 de Abril e a conclusão do Palácio Nacional da Ajuda.

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