Só a Bolsa de Lisboa e a de Atenas estão em queda numa Europa em alta nos mercados de capitais.
A EDP Renováveis cai 2,59% para 6,78 euros num dia em que a empresa apresentou um resultado líquido de 134 milhões de euros, mais 128% do que no período homólogo do ano passado.
No semestre as receitas da empresa cresceram 11%, para 988 milhões de euros, e o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 11%, para 719 milhões de euros.
No segundo trimestre o EBITDA foi de 345 milhões, acima do consenso dos analistas que previam 335 milhões e o resultado liquido trimestral foi de 66 milhões de euros, acima das estimativas.
Em junho a dívida líquida da EDP Renováveis era de 3.130 milhões de euros, mais 14% do que no final do ano passado.
A descida da cotação tem menos a ver com os resultados, que foram positivos na sua evolução, mas mais a ver com o comunicado de ontem onde a EDP reafirma que mantém o preço da OPA nos 6,75 euros
A EDP Renováveis é controlada a 77,5% pela EDP, que tem em curso uma oferta pública de aquisição (OPA) para adquirir os 22,5% que não controla. A EDP já admitiu ser sua intenção retirar a Renováveis de bolsa após a OPA.
A Corticeira Amorim caiu 3,61% para 12 euros, num dia em que o Haitong Bank anunciar que deixou de recomendar a compra das acções da corticeira. “Continuamos a gostar da história da acção, o seu perfil de crescimento e o potencial de criação de valor através de aquisições dado que o balanço não está alavancado”, refere o banco de investimento, dizendo que a avaliação já não oferece potencial de valorização.
O BCP caiu 1,18% para 0,2505 euros. O banco apresenta amanhã os seus resultados semestrais. É esperado que no segundo trimestre seja contabilizado nas contas cerca de 60 milhões de custos com contribuições para o Fundo de Resolução Europeu, Fundo de Resolução nacional, Fundo de Garantia de Depósitos e contribuição extraordinária do setor bancário (imposto Sócrates).
Do lado positivo, a Semapa, a Sonae e a EDP fecharam a subir mais de 1% cada.
Com isto o PSI 20 caiu 0,27% para 5.269,71 pontos.
Na Europa as principais praças fecharam no verde. O EuroStoxx 50 valorizou 0,55% para 3.489,15 pontos. Sendo que o francês CAC valorizou 0,56%; o FTSE 100 de Londres ganhou 0,24% para 7.452,32 pontos; o IBEX subiu 0,49%; o FTSE MIB subiu 0,56% e o Dax alemão fechou nos 12.305,110 pontos subindo 0,33%.
A nível económico destaca-se a divulgação do índice IFO que mede a confiança dos negócios na Alemanha, para o mês de julho. De acordo com dados do IFO Institute o índice ascendeu a 116 pontos o que compara com os 115.2 pontos verificados em junho (valor revisto dos 115.1 pts anteriormente divulgados), sendo ainda acima dos 114.9 pts antecipados pelo consenso de analistas contactados pela Bloomberg. O Caixa BI salienta que se trata de um novo máximo histórico para este indicador, traduzindo o sentimento positivo para a economia germânica o qual que foi descrito pelo IFO Institute como sendo de euforia.
No que diz respeito ao índice IFO que mede as expetativas atuais, verificou-se uma subida para 125.4 pts face aos 124.2 pts reportados com referência a junho e ficando também acima dos 123.8 pts antecipados pelo consenso de analistas. Por outro lado, o indicador que mede as perspetivas futuras para a economia alemã ascendeu a 107.3 pts o que compara com 106.8 pts no mês anterior e com os 106.5 pts estimado pelo consenso.
Em relação à Alemanha salienta-se ainda a divulgação dos dados relativos ao comportamento dos preços importados para o mês de junho, que registaram uma descida mensal de 1.1% face aos -1.0% reportados no mês anterior. Em termos homólogos verificou-se um aumento de 2.5%, um valor ainda assim inferior ao aumento de 4.1% divulgados com referência ao mês anterior e ao aumento de 2.9% antecipado pelo consenso de analistas.
O petróleo continua no seu rally de subida e está em alta de 1,47% no mercado de futuros de Londres para cotar a 50,94 dólares o barril. Em Nova Iorque o petróleo está a subir 1,67% para 48,69 dólares.
O euro cai face ao dólar 0,10% para 1,1635 dólares.
As obrigações do tesouro de portuguesas melhoram ligeiramente (0,09%) para 2,92%; em Espanha mantêm-se os juros nos 1,53%; e na Alemanha baixam 0,05% melhorando a taxa de juro soberana muito ligeiramente para 0,56%.
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