Os guias turísticos sem carteira profissional são uma realidade crescente no Porto. Nas ruas da cidade confrontam-se guias certificados pelo Sindicato Nacional de Actividade Turística, Tradutores e Intérpretes (SNATTI) e os autopropostos guias, que se encontram em várias páginas de redes sociais.
A abolição da carteira profissional nos guias intérpretes, em 2013, assume-se como a causa deste fenómeno dos “guias piratas”, registados apenas em plataformas online. A falta de emprego e procura de sustento são outra razão que leva muitas pessoas a procurar aproveitar os frutos desta ‘onda de turismo’ que assola o país.
Manuel António, funcionário da Câmara de Gondomar e guia turístico em part-time, contou à Lusa que começou a ser guia há três anos, quando percebeu “que tinha jeito”, depois de mostrar a cidade à namorada estrangeira. A partir das redes sociais, começou um projeto que funciona apenas aos fins de semana, e garante que “não é tão fora da lei quanto se possa pensar”. Manuel António afirma “passar recibo” e que os preços dos serviços que presta “estão tabelados”.
O guia conta que, mesmo não sendo certificado, frequenta os mesmos lugares que os guias certificados, numa convivência que, “por ser apenas ao fim de semana e sempre na base do respeito mútuo”, nunca lhe trouxe “problemas”.
No total, no Porto, há entre 50 e 60 guias intérpretes certificados e mais de 200 registados em plataformas online, ainda assim, para Manuel António a “oferta continua a ser menor do que procura”.
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