Tudo começou em 2008, quando Bruno, o fundador, estava desempregado, e decidiu aliar essa situação ao facto de adorar a cidade onde mora – Lisboa – e partilhar essa paixão com os turistas.
“Somos os filhos da crise. Temos um jornalista, um engenheiro e um psicólogo”, disse Bruno ao jornal. “Estávamos desempregados ou despedimo-nos porque não queríamos ser explorados”. A equipa do “We Hate Tourism Tours” considera-se “embaixadores não oficiais da cidade”, ou “diplomatas urbanos” que cresceram na capital e que usam o conhecimento local para mostrar a verdadeira Lisboa aos visitantes.
“Os nossos passeios não têm direção, temos a liberdade de ser nós mesmos e de recebemos as pessoas que querem partilhar o tempo connosco”, disse Bruno ao jornal britânico.
Com a jornalista Yvonne Gordon falaram sobre os recentes protestos contra o turismo, particularmente em Barcelona e em Veneza. “Não gostamos de apontar os dedos”, afirmou Bruno. “Não sou contra os turistas nem falo mal dos autocarros turísticos, mas é preciso mudar. É preciso estarmos conscientes sobre como viajamos e sobre quem somos enquanto viajantes. É um desafio para muitas cidades”.
Um dos truques do grupo para fugir às longas filas em Belém, por exemplo, é andarem de noite. “Se queremos viajar, é preciso ir um pouco mais além”.
Como parte do ethos de turismo sustentável, o “We Hate Tourism” usa parte do dinheiro dos passeios para devolver à comunidade – levam as crianças e os idosos a fazer passeios gratuitos, limpam as ruas e ajudam a vizinhança.
Ao Jornal Económico Gonçalo Paiva, um dos “amigos” disse que todos os dias recebem convites para reportagens tanto a nível internacional como a nível nacional, mas admite que a grande ajuda na divulgação são as bloggers.
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