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Médicos denunciam “insuficiências” nas urgências de ortopedia de S. José e de pediatria na Estefânia

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revela que a escala de urgência de Ortopedia do Hospital S. José – com uma área de influência superior a 350 mil habitantes – para o mês de setembro em mais de metade dos dias apresenta apenas dois elementos. E alerta que insuficiências no Serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Dona Estefânia comprometem a segurança dos seus profissionais e utentes.
Ilya Naymushin/Reuters
2 Setembro 2017, 11h00

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) dá conta de “insuficiências” nos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Lisboa Centra (CHLC), sinalizando casos de falta de especialistas, nomeadamente nos serviços de urgência de Ortopedia do Hospital de S. José, em número inferior a metade face ao exigido pelo Colégio de Especialidade. SIM revela ainda a existência de um abaixo assinado dos Assistentes Hospitalares do Hospital D. Estefânia, onde se dá conta que falta de elementos “comprometem a segurança dos seus profissionais e utentes” do serviço de urgência pediátrica. Segundo o sindicato estas insuficiências “são apenas duas de muitas”.

“Na última reunião do Fórum Médico foi deliberado que, face à discriminação negativa de que os médicos são alvo (apesar de toda a dedicação e resiliência que permite que o SNS funcione) se começaria a publicitar as insuficiências do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, avança o SIM, dando conta, no seu site, que as insuficiências reportadas sobre os serviços de urgência do CH Lisboa Central (Hospital S. José – Ortopedia e Hospital D. Estefânia – Pediatria) “são apenas duas de muitas”.

Acompanhada pelas escalas e pelas orientações do respetivo Colégio de Especialidade da Ordem dos Médicos, explica o SIM, quanto à constituição das equipas de serviços de urgências, o sindicato recebeu poro email uma denúncia do Hospital S. José.

Segundo esta denúncia, a escala de urgência de Ortopedia do CHLC (com uma área de influência superior a 350.000 habitantes) para o mês de setembro em mais de metade dos dias apresenta apenas dois elementos (um especialista e um interno, frequentemente dos primeiros anos do internato) e na outra metade dos dias apresenta apenas três elementos (habitualmente um especialista e dois internos, um dos quais frequentemente dos primeiros anos do internato).

“Assim, num hospital central como o CHLC a escala de urgência de Ortopedia para o mês de setembro, em termos quantitativos, não é constituída nem por metade dos elementos exigidos pelo Colégio de Especialidade, já para não falar do grau de diferenciação dos elementos que a compõem! Um perigo para os doente e para os médicos que apesar das múltiplas denúncias não tem solução à vista tendo-se agravado de forma insustentável para o mês de setembro! Precisamos de ajuda urgente…”, frisa o SIM.

De igual modo, esta estrutura sindical dá conta de um abaixo assinado dos assistentes hospitalares do Hospital D. Estefânia em que, diz, “é afirmado e suportado circunstancial e objetivamente que “os assistentes Hospitalares abaixo assinados vêm reportar as suas preocupações com o atual estado do serviço de urgência pediátrica do Hospital Dona Estefânia, que comprometem a segurança dos seus profissionais e utentes”.

O SIM adianta que será dado formalmente conhecimento à Ordem dos Médicos destas situações e de igual modo ao conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Central.

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