A candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa recusou-se hoje a comentar a notícia de que o atual presidente da autarquia, Fernando Medina, não declarou ao Tribunal Constitucional a aquisição de um apartamento em Lisboa, em setembro de 2016, dizendo, apenas, acreditar que serão dadas explicações.
O jornal online Observador noticiou, na noite de 11 de setembro, que Fernando Medina não declarou ao Tribunal Constitucional ser proprietário de um apartamento em Lisboa, adquirido por 645 mil euros, a 27 de setembro de 2016.
Segundo a lei, os autarcas têm de atualizar a declaração de rendimentos sempre que fazem qualquer alteração patrimonial superior a 50 salários mínimos – que totalizavam 26.500 euros em 2016 –, refere o site.
Teresa Leal Coelho, que participa, esta terça-feira, num almoço-debate do International Club of Portugal – ICPT, recusou comentar, dizendo não querer alimentar polémicas tão perto das eleições autárquicas de 1 de outubro.
“Não alimento esse tipo de polémicas relativamente a adversários e muito menos a três semanas das eleições”, afirmou a candidata social-democrata.
“Com certeza que o dr. Fernando Medina, presidente da câmara de Lisboa, estará em condições para dar todas as explicações que lhe foram pedidas, segundo os meios de comunicação social”, acrescentou.
Questionado pelo Observador, o presidente da câmara de Lisboa explicou que “a aquisição do imóvel em questão, através do contrato promessa, foi prontamente comunicada ao Tribunal Constitucional tendo igualmente sido referido que o remanescente seria adquirido com recurso a crédito bancário. Assim, quer a aquisição do imóvel e respetiva identificação, quer a contratação de um empréstimo estão inquestionavelmente declarados ao Tribunal Constitucional”.
Em declarações à margem do encontro organizado pelo ICPT, Teresa Leal Coelho sublinhou saber que “Fernando Medina tem uma visão da sociedade também na defesa da transparência e do escrutínio”.
“Estou convencida de que as explicações serão dadas”, disse, repetindo a recusa em alimenta polémicas “ou ataques desta natureza a três semanas das eleições, sobretudo tratando-se de um adversário”.
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