Portugal realizou esta quarta-feira duas emissões de dívida de curto prazo. Com a melhoria de rating anunciada na sexta-feira pela S&P, os dois leilões de Bilhetes do Tesouro, a seis meses e a um ano, foram feitos com os juros mais baixos de sempre nestas maturidades.
As duas operações foram conduzidas pelo IGCP, o organismo público responsável pela gestão da dívida do Estado, presidido por Cristina Casalinho.
No leilão de títulos de dívida com maturidade em março de 2018, Portugal emitiu 500 milhões de euros e financiou-se a uma taxa negativa de -0,363%. A procura foi 2,83 vezes a oferta (quase o triplo).
Nos Bilhetes do Tesouro com maturidade em setembro de 2018, foram captados 1250 milhões de euros, a uma taxa também negativa, de 0,345%. Neste caso, a procura foi 2,1 vezes a oferta (o dobro).
“Nesta operação, o país conseguiu as taxas mais baixas de sempre para estes prazos e ambas foram, mais uma vez, negativas”, explica Filipe Silva, Diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa.
“Era o que se esperava: depois da subida de rating (que coincidiu com alteração para o grau de “investment grade”) por parte da Standard & Poors e a perspetiva de estável por parte da Moody’s, a dívida portuguesa de longo prazo estreitou e o curto prazo está a ter o mesmo comportamento. Não é de estranhar, por isso, que tenha sido emitido o montante máximo previsto”, realça.
Em conjunto, os dois leilões das linhas de BT ficaram no limite superior do montante indicativo global indicado pelo IGCP, que apontava para uma colocação global entre 1500 milhões de euros e 1750 milhões.
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